quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Filhos órfãos de pais vivos

A tragédia dos filhos órfãos de pais ainda vivos
É tão importante a presença do pai na vida do filho, que até o próprio Filho de Deus Encarnado quis ter um pai (adotivo) na Terra. Jesus não pôde ter um pai natural neste mundo, porque não havia homem capaz de gerar o Verbo encarnado; então, o Espírito Santo o gerou no seio puríssimo e virginal de Maria Santíssima. Mas Jesus quis ter um pai adotivo, nutrício, neste mundo, e escolheu São José, o glorioso patrono da Igreja, como proclamou o Papa Pio IX, solenemente, em 1870.
Quando José quis deixar a Virgem Maria, no silêncio da discrição de sua santidade, Jesus mandou que, imediatamente, o Arcanjo da Anunciação, São Gabriel, logo lhe dissesse em sonho: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua esposa, porque o que nela foi gerado é obra do Espírito Santo” (Mt 1, 20). E a José coube a honra de dar-lhe o nome de Jesus no dia de Sua circuncisão (Mt 1, 21).
Jesus viveu à sombra protetora do grande São José na vila de Nazaré e na carpintaria do grande santo. O povo O chamava de “o filho do carpinteiro”. José O protegeu da fúria de Herodes; levou-O seguro para o Egito, manteve-O no exílio e O trouxe de volta seguro para Nazaré. Depois, partiu deste mundo nos braços de Jesus quando terminou a sua missão terrena. A Igreja o declarou “protetor da boa morte”.
Ora, se até Jesus quis e precisou de um pai, neste mundo, o que dizer de cada um de nós? Só quem não teve um pai ou um bom pai deixa de saber o seu valor. Ainda hoje, com 57 anos de idade, lembro-me, com saudade e carinho, do meu pai. Quanta sabedoria! Quanta bondade! Quanta pureza! Quanto amor à minha mãe e aos seus nove filhos! Ainda hoje, com saudade e alegria, lembro-me de seus conselhos sábios.
O pai é a primeira imagem que o filho tem de Deus, por isso Ele nos deu a honra de sermos chamados "pais"; pois toda paternidade vem do próprio Senhor. Muitos homens e mulheres não têm uma visão correta e amorosa de Deus, porque não puderam experimentar o amor de seus pais; muitos foram abandonados e outros ficaram órfãos.
O pior de tudo é a ausência dos pais na vida dos chamados “órfãos de pais vivos”; e são muitíssimos. Muitos e muitos rapazes têm gerado seus filhos sem o menor amor, compromisso e responsabilidade, buscando apenas o prazer sexual de suas relações com uma moça; a qual é logo abandonada, vergonhosamente, deixando que ela “se vire” para criar o seu filho como puder.
Quase sempre essas crianças são criadas com grandes dificuldades. O peso de sua manutenção e educação é dividido quase sempre com a mãe solteira que se mata de trabalhar e com os avós que, quando existem, fazem o possível para ajudar.
A criança, então, é criada sem o pai.  A metade de sua educação, podemos dizer, está comprometida, pois ela nunca experimentará o colo e os braços de um verdadeiro pai que a embale. Isso tem sérias consequências na vida dos jovens e adultos. Muitos deles, os mais carentes, acabam nas ruas e na marginalidade do crime, dos assaltos, roubos, das drogas e, consequentemente, na cadeia.
Não é à toa que mais de 90% dos presidiários são jovens entre 18 e 25 anos. É verdade que muitos deles tiveram um pai a seu lado, mas também é verdade que muitos não conheceram este homem que os deveria ter criado. Normalmente, um filho que tem um bom pai, amoroso, trabalhador, dedicado aos filhos e à esposa, não se perde nos maus caminhos deste mundo.
Isso tudo é lamentável, como constatou o Papa João Paulo II em sua última viagem ao Brasil em 1997. Falando aos jovens no Maracanã, ele disse que, por causa do “amor livre”, “no Brasil há milhares de filhos órfãos de pais vivos”. Que vergonha e que dor para todos nós! Quantas crianças com o futuro comprometido, porque foram gerados sem amor e abandonados tristemente.
Sem um pai que eduque seu filho, a criança não pode crescer com sabedoria, fé, respeito aos outros, amor ao trabalho e à virtude. Deixar uma criança sem pai, estando este vivo, é das maiores covardias que se pode perpetrar contra o ser humano inocente que é a criança.
Hoje, infelizmente, com o advento da inseminação artificial e clínicas de fertilização, há uma geração de jovens que não conhecem seus pais, pois muitos foram gerados por um óvulo inseminado artificialmente pelo sêmen de um homem anônimo. Esses jovens não conhecem a metade de sua história e não têm uma verdadeira família. Como será o futuro desta geração de jovens? Não é à toa que a Igreja católica é contra a inseminação “in vitro”. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Grupo de Oração Jovem Novo Israel

Foi maravilhoso esse momento de graça vivido na Praia de Iracema de Forteleza,  no último sábado dia 08/09 com a juventude da Família Novo Israel. Deus conserve nossa alegria e perseverança para que nesses momentos de evangelização seja plantado nosso carisma na vida e nos lugares aonde Deus nos enviar: "O resgate das famílias pela missão e testemunho de vida" o que fizemos lá foi somente isso dar testemunho de nossa espiritualidade, de que nossa Igrteja Católica é Jovem e atuante em todos os lugares. E vem muito mais por ai.






Amanhã Adoração ao Santíssimo

O grupo de Oração Jovem Novo Israel amanhça esta convocado junto com toda a Caomunidade  a adorar Jesus no Santíssimo Sacramento as 19h na Sede do Conselho de Arpoadores, Rua Senhora Santana, 456. Ninguém falta a esse momento dos mais importantes para a vida do cristão. Adorar Jesus é uma pratica espiritual venha exercer a sua.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CNBB lança no TSE campanha “Voto Consciente”

TSEsetembro1A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na manhã de hoje, 06 de setembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), a campanha “Voto Consciente”. Estiveram presentes no auditório 2 do TSE a ministra-presidente do Tribunal, Cármen Lúcia Antunes Rocha e o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Produzida em parceria com o Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), a campanha Voto Consciente conta com vídeos, spots para rádios e texto com orientações para o voto consciente/cidadão e pelo voto limpo.
“Com esta iniciativa, a CNBB faz valer a tradição de sempre dar sua contribuição nas campanhas eleitorais com orientações aos seus fieis e todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à luz do Evangelho. A CNBB sempre se preocupou com o voto consciente e se preocupou também com as pessoas que estão à frente das nossas cidades, estado e municípios, para que pensem o bem comum. Então, poder participar de uma campanha como esta, junto com o TSE, é uma satisfação para a entidade. O nosso objetivo é poder ajudar a eleger, homens e mulheres, que pensem no bem da comunidade, das pessoas e, especialmente, dos mais pobres”, disse dom Leonardo no ato de lançamento.
TSEsetembro2A ministra-presidente do TSE também destacou a importância histórica da CNBB na luta pelo voto cidadão. “Gostaria de parabenizar a CNBB, em nome do Tribunal Superior Eleitoral, pois a entidade cumpre um papel histórico no Brasil no sentido de fazer com que a cidadania seja respeitada e que ela se respeite, e para isso é preciso que sua participação seja coerente com que ela espera do outro, que cada um cumpra seu papel. Por isso me sinto muito honrada, representando o TSE, de estar junto com a CNBB nesta caminhada, que é uma caminhada por um Brasil em que cada um assuma a responsabilidade com a sua história e, principalmente, com a história que é de todos”.
Citando a Lei Complementar nº 135/2010, mais conhecida com lei da Ficha Limpa, a ministra destacou sua importância social, e não apenas a questão jurídica em si. “É muito importante que a lei da Ficha Limpa se torne efetiva do ponto de vista social, e não do ponto de vista apenas formal e jurídico. E aí, só cada cidadão pode fazer isso, ou seja, na hora que ele escolhe bem o candidato, sabe quem ele está escolhendo e porque ele está escolhendo, o cidadão se torna coresponsável pela administração da cidade”, ressaltou.
TSEsetembro3
No site da CNBB há um espaço com todo o material produzido pelo NESP e que está à disposição. Acesse www.cnbb.org.br e assista aos vídeos, leia os textos e ouça os spots.
Na quarta-feira, 5 de setembro, o TSE deu início à segunda fase da campanha Voto Limpo, que desde o dia 21 de agosto está sendo veiculada no rádio e na televisão. O objetivo é conscientizar o eleitor sobre a importância de sua participação nas eleições e evitar a troca de votos por vantagens indevidas.

CNBB: Congresso celebra 20 anos do Catecismo no Brasil e o Ano da Fé

Com o objetivo de prestar um serviço à igreja no Brasil, três Comissões Episcopais Pastorais da Conferência nacional dos Bispos do Brasil estão organizando em conjunto um Congresso sobre os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé. O evento será realizado entre os dias 7 e 9 de setembro na Pontifícia Universidade católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba.
O congresso é uma iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, e Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação. O evento será assessorado por um grupo expressivo de teólogos e teólogas brasileiros.
O evento ainda contará com a presença do arcebispo secretário da Congregação para Doutrina da Fé, dom Luis Francisco Ladaria, que, junto ao Vaticano, também atua como consultor de dois importantes dicastérios: a Congregação para os Bispos e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
O secretário dará três conferências: O Catecismo da Igreja Católica história, atualidade e perspectivas; Ano da Fé: motivações, proposta e perspectiva; e fará uma última conferência final, onde fará considerações finais. Além de dom Ladaria, outros conferencistas também farão exposições sobre o Catecismo e o Ano da Fé.
As conferencias serão realizadas durante as manhãs, em um auditório da PUC-PR que funcionara como plenário do Congresso. Nas tardes dos dias 07 e 08, haverá quatro blocos temáticos, com duas conferências em cada um e, em seguida, haverá um tempo para intervenções e questionamentos.
 
O Ano da Fé
Por meio da carta Porta Fidei, o papa Bento XVI proclamou o Ano Da fé para o período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Na data que marca o início do Ano da Fé, comemora-se 50 anos de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Nessa ocasião estará sendo realizada a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cujo tema é: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.
O Ano da Fé tem por objetivo intensificar a reflexão sobre a fé, sua celebração e testemunho, aumentando a alegria de crer e o compromisso de evangelizar (cf. PF, 9). “É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da Fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica” (PF, 11).

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As dores de um segredo

No começo de um relacionamento, é bem comum, entre uma conversa e outra, os namorados quererem saber da história daquela pessoa com quem se relaciona. Nessa pesquisa, estarão os interesses sobre os acontecimentos do antigo relacionamento da(o)  namorada(o) entre outras coisas. Mesmo que não seja verbalizado, estabelecemos um pacto de fidelidade com a verdade, a fim de que nada possa ser motivo para a desconfiança.

Contudo, no relacionamento, no qual sempre buscamos o crescimento mútuo, pode acontecer que surjam vestígios de uma desconfiança a respeito de alguma coisa que o nosso (a) companheiro (a) esteja escondendo e que deveria ser compartilhado.

Dos "segredinhos" de crianças a outros de adultos, todos têm algo em comum: o temor de serem descobertos! Na maioria das vezes, as pessoas acham que têm o controle sobre aquilo que ocultam.

Muitas coisas poderiam ser os motivos de alguém se envolver numa realidade paralela, contrária àquela que se vive dentro do seu próprio relacionamento. Desde uma história do passado até algumas atitudes que poderiam ser considerada como um desvio de conduta.

Há quem viva preso aos vícios, outros às suas tendências ou às suas fragilidades humanas. Outras pessoas poderiam querer ocultar aqueles atos que violariam o pacto de fidelidade firmado na verdade entre os casais, mas, de maneira geral, a pessoa que traz o segredo acredita que poderá reverter a situação na qual se envolveu. Na tentativa de proteger quem se ama com coisas, as quais considera desnecessárias, a pessoa traz consigo os incômodos daquilo que guarda secretamente no coração.

Por outro lado, o outro sob a suspeita que algo esteja sendo omitido, sente-se no direito de saber da realidade que envolve os motivos de alguém guardar somente para si a verdade de seus segredos. Nessa ocasião, certamente a tensão entre eles poderá se tornar intensa, pois aquele que traz o segredo poderá se sentir temeroso pelas consequências que se desencadeará com a revelação da verdade.

Se os fatos são comprometedores ou não, pode ter chegado o momento que vai exigir a abertura dos velhos baús, e aquilo que era protegido de tudo e de todos vem à tona. Independentemente da gravidade da situação, o estresse da conversa facilmente poderá confundir nossas atitudes sobre o que devemos fazer de posse da verdade. Diante dos argumentos e da situação gerada, culpas e acusações são trocadas.

Certamente, o cônjuge indagará sobre os motivos pelos quais ele/ela não contou sobre o que estava acontecendo. O sentimento de traição faz com que muitos casais acabem acreditando que já é tarde demais para convencer o outro a assumir um novo posicionamento ou em outros casos, de viver a retomada do relacionamento na mesma confiança.

Sem minimizar os efeitos negativos causados pela situação, precisamos decidir sobre a nossa nova postura diante do ocorrido. Entendemos que a pessoa que tem maiores condições de ajudar é aquela que está ao nosso lado. Talvez, o primeiro passo para superar as dores e os problemas causados pela revelação da verdade é permitir que o cônjuge resolva aquilo que, por muito tempo, estava tentando fazer por si, no compromisso de desvincilhar-se das cadeias dos segredos.

A confiança poderá ser restaurada se ambos, agora, sob a luz da verdade e do conhecimento sobre os motivos que levaram a pessoa a enveredar por seus caminhos secretos, assumirem uma nova atitude capaz de extirpar aquilo que divide o essencial dos nossos relacionamentos.

Um abraço
Dado Moura

domingo, 2 de setembro de 2012

Mês da Bíblia 2012

A proposta para o mês de setembro de 2012 é o estudo do Evangelho segundo Marcos associada ao Projeto nacional de Evangelização: O Brasil na missão Continental. Este projeto foi elaborado pela América Latina após a Conferência de Aparecida e reassumido pela Assembléia dos Bispos do Brasil em 2011.
O Evangelho segundo Marcos foi escolhido em sintonia com o ano Litúrgico que estamos vivenciando, o qual, juntamente com o Projeto Nacional de Evangelização, nos ajudará a revisitar os escritos da Comunidade de Marcos, percorrendo os cincos aspectos fundamentais do processo de formação do discípulo missionário: o encontro com Jesus Cristo, a convenção, o discipulado, a comunhão fraterna e a missão.
O tema escolhido pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos, e o lema é: Coragem!Levanta-te!Ele te chama!É a expressão presente na narrativa da cura do cego Bartimeu em Mc 10,49. È um texto relevante em Marcos, que nos mostra cada etapa do processo de discipulado e de seguimento de Jesus Cristo.
Com esse projeto da CNBB e o aprofundamento do Mês da Bíblia, damos um novo passo na nossa ação evangelizadora, em continuidade com as ricas experiências e conquistas da Animação Bíblica no Brasil, que tem por objetivo proporcionar a todos os batizados uma experiência mais profunda da fé cristã, possibilitando um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo e, por ele, com o Pai, no Espírito Santo.

  QUEM É O AUTOR?

Quem é Marcos? A tradição mais antiga o identifica com João Marcos (At 12,12), acompanhante do apóstolo Paulo (At 13,5. 13; FM 24), primo de Barnabé (CI 4,10), natural de Jerusalém. Ele era cristão convertido do judaísmo e discípulo de Pedro (1 Pe 5,13). Essa tradição remonta a Papias, bispo de Hierápolis (c. de 120-130 E.C.).
Conforme os estudos do Segundo Testamento, o evangelista Marcos ou a sua “escola” teria escrito o evangelho em Roma ou, com maior probabilidade, na região Siropalestinense, entre os anos 65 e 70, imediatamente após a destruição de Jerusalém (cf. Mc 13).
Porém não há como conhecê-lo sem ser mediante os elementos presentes no texto, como sua linguagem, estilo e outros aspectos literários. Marcos escreve de forma simples, numa linguagem muito própria à literatura popular grega. As narrativas são apresentadas de forma bem elaborada e o autor é muito cuidadoso nos detalhes.
Tudo indica que ele era um judeu-cristão de língua grega e aberto á missão universal.
O Subsídio está dividido em quatro temas, preparados para o estudo e aprofundamento destes capítulos, além de uma celebração final para a conclusão dos encontros.


No primeiro tema
: O chamado dos primeiros discípulos, “Siga-me”.
O Evangelho segundo Marcos, provavelmente, foi o primeiro texto da catequese das primeiras comunidades. Ele tinha como principal finalidade responder à pergunta: “Quem é Jesus?” e ao mesmo tempo mostrar o que significa ser discípulo.
Os textos para a nossa reflexão (Mc 1,16-20; 2,13-14) têm como cenário a Galiléia. Nesta região cruzavam-se importantes estradas que se dirigiam por todas as direções. É considerada uma terra pagã, pois sua população é bem mesclada entre gregos e os povos da região, resultado de inúmeras invasões. Por isso, é vista com desprezo e desconfiança e na época chamada de a Galileia das nações ou dos pagãos. Porém, para o Evangelho de Marcos é uma região importante, visto que a maioria dos acontecimentos ocorreu na Galiléia e foi lá que Jesus passou a maior parte de sua vida e de seu ministério.

No segundo tema
: Quem é Jesus? “Tu és o Messias”.
A pergunta “Quem é Jesus” (cf. Mc 8,27) é o centro do Evangelho segundo Marcos, ponto de chegada da primeira metade do Evangelho. Essa pergunta nasce da necessidade da comunidade de conhecer Jesus, para melhor segui-lo. Dentro da comunidade havia vários questionamentos sobre a pessoa de Jesus. Uns acreditavam que ele fosse João Batista; outros que ele fosse Elias; e outros, ainda, um grande profeta. Por isso o evangelista vai delineando a identidade de Jesus por meio das suas palavras, de suas ações e atividades, para que a própria comunidade pudesse responder a essa pergunta.

No terceiro tema
: Coragem! Levanta-te! Ele te chama! “Mestre que eu possa ver novamente”.
Jesus atende à súplica do cego que grita por ele, não obstante à repreensão dos que o acompanhavam, e chama-o. O cego deixa o manto. Isso é revelador se considerarmos que o manto é figura da própria pessoa; era também o que ele tinha para cobrir o seu corpo, a sua segurança. Ele então deixa de lado, de algum modo, sua vida e sua segurança. Com esse gesto O evangelista indica que o cego/discípulo cumpre agora as condições do seguimento: Ele deixa tudo para seguir Jesus, aceitando carregar a cruz e disposto, se preciso for, a dar a vida.

No quarto tema
: Aonde nos leva o medo? Como vencer o medo?
Lendo os últimos capítulos do Evangelho segundo Marcos, ficamos impressionados com as atitudes negativas dos discípulos em contraste com o dom total de Jesus. Os doze tinham vivido com Jesus durante um bom tempo, decididos a segui-lo até se realizar o Projeto do Reino de Deus que ele pregava. Jesus lhes tinha avisado o que os esperava: perseguição, sofrimento e morte. Mas também ressurreição.

Na celebração final, aprofundamos a fé. “A tua fé te salvou!”

Mês da Bíblia, história.

A proposta para o mês de setembro de 2012 é o estudo do Evangelho segundo Marcos associada ao Projeto nacional de Evangelização: O Brasil na missão Continental. Este projeto foi elaborado pela América Latina após a Conferência de Aparecida e reassumido pela Assembléia dos Bispos do Brasil em 2011.
O Evangelho segundo Marcos foi escolhido em sintonia com o ano Litúrgico que estamos vivenciando, o qual, juntamente com o Projeto Nacional de Evangelização, nos ajudará a revisitar os escritos da Comunidade de Marcos, percorrendo os cincos aspectos fundamentais do processo de formação do discípulo missionário: o encontro com Jesus Cristo, a convenção, o discipulado, a comunhão fraterna e a missão.
O tema escolhido pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos, e o lema é: Coragem!Levanta-te!Ele te chama!É a expressão presente na narrativa da cura do cego Bartimeu em Mc 10,49. È um texto relevante em Marcos, que nos mostra cada etapa do processo de discipulado e de seguimento de Jesus Cristo.
Com esse projeto da CNBB e o aprofundamento do Mês da Bíblia, damos um novo passo na nossa ação evangelizadora, em continuidade com as ricas experiências e conquistas da Animação Bíblica no Brasil, que tem por objetivo proporcionar a todos os batizados uma experiência mais profunda da fé cristã, possibilitando um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo e, por ele, com o Pai, no Espírito Santo.
Serviço de Animação Bíblica/Paulinas
Histórico, objetivos e temas
Respostas
Como nasceu o Mês da Bíblia?
O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi levado adiante com a colaboração efetiva do Serviço de Animação Bíblica – Paulinas (SAB), até posteriormente ser assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estender-se ao âmbito nacional.

Objetivos
- Contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil;
- Criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação;
- Facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

Histórico do Mês da Bíblia
1971
: A celebração do Mês da Bíblia, na Arquidiocese de Belo Horizonte por sugestão e coordenação das Irmãs Paulinas, do Pe. Antonio Gonçalves e de outras pessoas.
1976
: Foram visitadas 30 dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo propondo o Mês da Bíblia como opção de evangelização, em continuidade à Campanha da Fraternidade.
1978
: O Mês da Bíblia se estendeu, oficialmente, ao Regional Leste 2 da CNBB, Minas Gerais e Espírito Santo, e a muitas outras dioceses do Brasil.
1985: Animado pelo Serviço de Animação Bíblica – SAB, o Mês da Bíblia se estendeu a todo o Brasil e a outros países da América Latina.
1997
: Com o projeto “Rumo ao Novo Milênio” (RNM), foi proposto o estudo dos quatro Evangelhos, no decorrer do ano.
2001 - 2003
: Prosseguiu com o Projeto “Ser Igreja no Novo Milênio”.
2004 - 2007
: Continuou com o Projeto “Queremos ver Jesus”.
2008 - 2010
: Prosseguiu com Projeto Brasil na Missão Continental “A alegria de ser discípulo/a missionário/a”.
2011
: Continua com o Projeto “Brasil na Missão Continental” e de Iniciação à Vida Cristã.
Temas do Mês da Bíblia de 1971 a 2011
01) 1971 Bíblia, Jesus Cristo está aqui
02) 1972 Deus acredita em você
03) 1973 Deus continua acreditando em você
04) 1974 Bíblia, muito mais nova do que você pensa
05) 1975 Bíblia, palavra nossa de cada dia
06) 1976 Bíblia, Deus caminhando com a gente
07) 1977 Com a Bíblia em nosso lar, nossa vida vai mudar
08) 1978 Como encontrar justiça e paz? O livro de Amós
09) 1979 Bíblia, o livro da criação - Gn 1-11
10) 1980 Buscamos uma nova terra - História de José do Egito
11) 1981 Que todos tenham vida! - Carta aberta de Tiago
12) 1982 Que sabedoria é esta? - As Parábolas
13) 1983 Esperança de um povo que luta - O apocalipse de São João
14) 1984 O caminho pela Palavra - Os atos dos Apóstolos
15) 1985 Rute, uma história da Bíblia - Livro de Rute
16) 1986 Bíblia, livro da Aliança - Êxodo 19-24
17) 1987 Homem de Deus, homem do povo - profeta Elias
18) 1988 Salmos, a oração do povo que luta - O livro dos Salmos
19) 1989 Jesus: palavra e pão - Evangelho de João, cap 6
20) 1990 Mulheres celebrando a libertação
21) 1991 Paulo, trabalhador e evangelizador - Vida e viagens de Paulo
22) 1992 Jeremias, profeta desde jovem - Livro de Jeremias
23) 1993 A força do povo peregrino sem lar, sem terra - 1ª Carta de Pedro
24) 1994 Cântico: uma poesia de amor – Cântico dos Cânticos
25) 1995 Com Jesus na contramão - o Evangelho de Marcos
26) 1996 Jó, o povo sofredor - Livro de Jó
27) 1997 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Marcos
28) 1998 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Lucas
29) 1999 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Mateus
30) 2000 Curso Bíblico Evangelho segundo João: luz para as Comunidades
31) 2001 Curso Bíblico Atos dos Apóstolos, capítulos de 1 a 15
32) 2002 Curso Bíblico Atos dos Apóstolos, capítulos 16 a 28
33) 2003 Curso Bíblico Popular - Cartas de Pedro
34) 2004 Curso Bíblico Popular - Oséias e Mateus
35) 2005 Curso Bíblico Popular - Uma releitura do II e III Isaías
36) 2006 Come teu pão com alegria - Eclesiastes
37) 2007 Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom - Gênesis
38) 2008 A Caridade sustenta a Comunidade - Primeira Carta aos Coríntios
39) 2009 A alegria de servir no amor e na gratuidade - Carta aos Filipenses
40) 2010 Levanta-te e vai à grande cidade - Introdução ao estudo do profeta Jonas
41) 2011 Travessia: passo a passo, o caminho se faz (Ex 15,22-18,27) com o lema “Aproximai-vos do Senhor” (Ex 16,9)
41) 2012 Discípulos missionários a partir do evangelho de Marcos

Louvamos e agradecemos a Deus por estes 40 anos de compreensão, vivência e anúncio da Palavra de Deus. Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo para podermos cada vez mais amá-La (cf. Verbum Domini, 5).

Problemas no casamento “A minha felicidade será fazê-lo feliz”

Deus quis que existíssemos para participar de sua vida bem aventurada e nos criou “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26). O Criador quis que a humanidade existisse "em família", com a união de um homem e uma mulher, vivendo no amor conjugal e gerando os filhos nesse mesmo amor. E a base de tudo isso é o casamento.

Depois de criá-los, Deus os uniu. O homem se sentiu insatisfeito, sozinho, porque não encontrava em todos os seres criados nenhuma criatura que o completasse. E Deus percebeu que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18). Então, disse ao homem: “Eu vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18), alguém que seja como você e que o ajude a viver. E fez a mulher. Retirou “um pedaço” do homem para criar a mulher (cf.Gn 2,21-22).

Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher foi feita da mesma essência, dignidade e da mesma natureza do homem. Santo Agostinho ensina que Deus, para fazer a mulher, não tirou um pedaço da cabeça do homem nem um pedaço do seu calcanhar, porque a mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas “companheira e auxiliar”. Esse é o sentido da palavra que diz: Deus tirou “uma costela do homem” para fazer a mulher.

Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: "Eis agora o osso de meus ossos e a carne de minha carne” (Gn 2,23). Foi a primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completo em sua carência. Deus disse ao primeiro casal: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,24).

Estava criado o casamento que mais tarde Jesus vai transformar em sacramento. Ele fez questão de acrescentar: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6). E Deus disse ao casal: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). Aqui está o sentido mais profundo do casamento: “crescei e multiplicai”. Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e se multiplique nos seus filhos; daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade; a célula principal do plano de Deus para os homens; e ela surge com o matrimônio.

Como a família e o casamento estão na base de todo o plano de Deus para a humanidade, se eles forem destruídos, a humanidade sofrerá muito. Há uma concepção falsa de “família” e de “casamento” que não está de acordo com a vontade do Criador. Há “famílias alternativas” que, no plano de Deus, não são famílias bem como os “casamentos alternativos”.

Quanto mais o casamento se afastar do plano de Deus e quanto mais a família se desfigurar da imagem original que Ele lha deu, tanto mais a humanidade vai sofrer. Hoje, já colhemos os frutos amargos da destruição deste belo plano divino. Quando o homem se arvora em “senhor do bem e do mal” e quer ocupar o lugar do Senhor, sofre e morre.

Sabemos que, infelizmente, o pecado original feriu a humanidade. O homem virou as costas para Deus e, por causa disso, o sofrimento e a morte entraram no mundo. São Paulo deixou claro que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). O pecado atingiu todas as realidades da vida humana e, de modo especial, o casamento e a família. Sem o pecado não haveria a desarmonia do homem consigo mesmo, com a natureza, com Deus e com a mulher.

O pecado gerou o desentendimento. O seu nome é egoísmo, vaidade, orgulho, autossuficiência, arrogância, ganância, impureza, adultério, gula, ira, inveja, preguiça, maledicência, etc. Tudo que divide a família e afasta a pessoa humana de Deus. Por isso, hoje, o casamento têm tantos problemas, porque foi ferido pelo pecado que engendra a briga, a discussão, a violência, o crime e elimina o amor que deveria ser permanente entre marido e mulher. É a realidade de cada casal.

São Paulo mostrou bem, na Carta aos Romanos, a dura realidade do pecado que temos de enfrentar: “Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque querê-lo está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo.

Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, deparo-me com o mal. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (cf. Rm 7,14-25).

Prof. Felipe Aquino