segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Para entendermos o “NO ANO DA ESPERANÇA” ele ja começou e é apenas na nossa Arquidiocese

Após vivermos o ANO DA FÉ, instituído pelo Papa Bento XVI e neste mês concluído pelo Santo Padre o Papa Francisco, estaremos em nossa Arquidiocese de Fortaleza dando continuidade ao triênio de preparação para a comemoração dos 100 anos de existência da Arquidiocese de Fortaleza, Igreja que deu origem às demais oito dioceses que existem no Ceará e fazem conjuntamente a Província Eclesiástica de Fortaleza.
Este segundo ano será para nós o ANO DA ESPERANÇA.
Juntamente com as virtudes da FÉ e da CARIDADE são as chamadas “virtudes teologais” – forças da graça divina que é dada por Deus aos que, crendo em Cristo são renascidos pelo banho batismal. Virtudes, pois são forças constitutivas da ação de Deus nas pessoas, teologais por sua origem e modo de ser divinos: são a atuação da própria vida divina concedida às pessoas humanas.
Assim encontramos no Catecismo da Igreja Católica (CIC) resumo condensado das doutrinas da Fé Católica: “1812As virtudes humanas se fundam nas virtudes teologais que adaptam as faculdades do homem para que possa participar da natureza divina. Pois as virtudes teologais se referem diretamente a Deus. Dispõem os cristãos a viver em relação com a Santíssima Trindade e têm a Deus Uno e Trino por origem, motivo e objeto. 1813 As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de agir como seus filhos e merecer a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. Há três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade.”
Para aprofundarmos nosso conhecimento e vivência da vida em Cristo, a vida cristã, o Santo Padre Emérito, Bento XVI, deu à Igreja três grandes Cartas, uma sobre cada uma das virtudes teologais: “Deus Caritas est – Deus é Caridade” – sobre a virtude da Caridade; “Spe Salvi – Salvos pela Esperança” – sobre a virtude da Esperança.
A terceira grande Carta ele a fez juntamente com o Santo Padre Francisco, dando à Igreja um documento fruto de seus estudos e da comunhão dos pastores: “Lumen Fidei – A luz da Fé” – sobre a virtude da Fé.
Com estes ensinamentos fundamentais o Pastor maior da Igreja Católica, em seu ministério de confirmar os irmãos na fé cristã, apascentando o rebanho de Cristo em todo o mundo, quer propor a todos uma renovação fundamental da vida no encontro com Cristo e seu seguimento, bem como na missão que do Senhor todos os discípulos recebem.
“Pela fé, “o homem livremente se entrega todo a Deus. Por isso o fiel procura conhecer e fazer a vontade de Deus. “O justo viverá da fé” (Rm 1,17). A fé viva “age pela caridade” (Gl 5,6), (CIC 1814).
“A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.(CIC 1818).
“O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela caridade, que é o “vinculo da perfeição” (Cl 3,14); é a forma das virtudes, articulando-as e ordenando-as entre si; é fonte e termo de sua prática cristã. A caridade assegura e purifica nossa capacidade humana de amar, elevando-a à perfeição sobrenatural do amor divino.”(CIC 1827).
Vamos assim nos encaminhar para o segundo ano de preparação jubilar centenária da Arquidiocese de Fortaleza, nos passos orientados pelo Bom Pastor através de seus apóstolos na missão do Evangelho para todo o mundo. Vivamos o ANO DA ESPERANÇA.
Nossa própria celebração jubilar se propõe: ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA – 100 ANOS: Nova Evangelização para novos tempos.
Assim o Papa Francisco enviou os jovens ao mundo inteiro, com as palavras de Jesus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). A todos nos tem enviado para as “periferias existenciais” para levar Jesus a quem dele tanto necessita.
Vamos, então, discípulos missionários do Senhor!
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza