Esterlina
"O resgate das famílias pela missão e testemunho de vida" Luiz Nascimento
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Na íntegra: Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco
A ACI Digital põe a disposição
dos seus usuários e do público em geral o texto na íntegra da primeira
exortação apostólica do Papa Francisco intitulada Evangelii Gaudium (O
Gozo do Evangelho) sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
O
texto foi entregue no domingo 24 de novembro, durante o encerramento do
Ano da Fé, a um grupo de 36 pessoas dos cinco continentes, de diferentes
estados de vida, em representação de toda a Igreja.
A
exortação apostólica, a primeira do Papa Francisco, está dividida em
uma introdução e cinco capítulos cujos títulos são: "A transformação
missionária da Igreja", "Na crise do compromisso comunitário", "O
anúncio do Evangelho", "A dimensão social da Evangelização" e
"Evangelizadores com espírito".
fonte: http://www.acidigital.com/
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Adoração ao Santíssimo da Família Novo Israel
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Deus nos perdoa sempre. É pura misericórdia
O Papa Francisco conduziu o Angelus deste domingo, 9 de junho, da janela
da residência pontifícia para milhares de fiéis que lotaram a Praça São
Pedro.
Em sua alocução, o pontífice recordou que "o mês de junho é, tradicionalmente, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, máxima expressão humana do amor divino. De fato, sexta-feira passada, comemoramos a Solenidade do Coração de Jesus, uma festa que dá consonância a todo o mês".
O Santo Padre explicou que "a piedade popular dá muito valor aos símbolos. O Coração de Jesus é o símbolo, por excelência, da misericórdia de Deus. Porém, não é um símbolo imaginário, mas um símbolo real, que representa o centro, a fonte, da qual brota a salvação de toda a humanidade".
Nos Evangelhos, encontramos diversas referências ao Coração de Jesus. Por exemplo, na passagem onde o próprio Cristo diz: "Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso. Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", extraída do Evangelho de Mt 11,28-29.
"A seguir, é fundamental a narração da morte de Jesus, segundo São João", disse Francisco. "Este evangelista dá testemunho do que viu no Calvário, ou seja, quando Jesus já estava morto, um soldado transpassou-lhe o peito com uma lança e, daquela ferida, saíram sangue e água. João reconheceu, naquele sinal, aparentemente casual, o cumprimento das profecias: do Coração de Jesus, Cordeiro imolado sobre a Cruz, brotou, para todos os homens, o perdão e a vida".
O Santo Padre frisou que "a misericórdia de Jesus não é somente um sentimento. Pelo contrário, é uma força que dá a vida, que ressuscita o homem! É o que nos diz também o Evangelho de hoje, no episódio da viúva de Naim. Jesus, com os seus discípulos, estava quase chegando a Naim, uma aldeia da Galileia, precisamente no momento em que se realizava um enterro: estavam levando ao cemitério um jovem, filho único de uma mulher viúva".
Francisco destacou que "o olhar de Jesus se fixou logo sobre aquela mãe em pranto. E o evangelista Lucas diz: 'Ao vê-la, o Senhor sentiu grande comoção por ela. Esta compaixão representa o amor de Deus para com o homem: se trata da sua misericórdia, ou seja, a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa indigência, o nosso sofrimento, a nossa angústia. Com efeito, o termo bíblico compaixão evoca as vísceras maternas. A mãe, de fato, tem uma reação típica materna diante da dor de um filho. Assim Deus nos ama, diz a Escritura".
"Mas, qual é o fruto deste amor? Desta misericórdia? É a vida! Jesus disse à viúva de Naim: "Não chore! Depois, dirigindo-se ao jovem morto, o despertou como de um sono. A misericórdia de Deus dá vida ao homem, o ressuscita da morte. O Senhor nos olha sempre com misericórdia, nos espera com misericórdia. Não tenhamos medo de aproximar-nos d’Ele! Ele tem um Coração misericordioso! Se lhe mostrarmos as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoa. Tudo isso é pura misericórdia", disse ainda o Papa Francisco.
O Santo Padre fez um convite: "Dirijamo-nos à Virgem Maria. O seu coração imaculado, coração de mãe, compartilhou ao máximo desta compaixão de Deus, sobretudo na hora da Paixão e Morte de Jesus. Que Maria nos ajude a sermos mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos"!
Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou a Beatificação de duas Religiosas polonesas, neste domingo, em Cracóvia.
Trata-se de Sofia Czeska Maciejowska, que, na primeira metade do século XVII, fundou a Congregação das Virgens da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria; e Margarida Lucia Szewczyk, que, no século XIX, fundou a Congregação das Filhas da Bem-Aventurada Virgem Maria das Dores. "Com a Igreja em Cracóvia, demos graças a Deus", disse o pontífice.
A seguir, o Santo Padre saudou, com afeto, todos os peregrinos, grupos paroquiais, famílias, estudantes, associações e movimentos presentes na Praça São Pedro. O Papa saudou também os fiéis vindos de Mumbai, na Índia, e os peregrinos de Ortona, na Itália, onde são venerados restos mortais do Apóstolo Tomé.
Fonte: Rádio Vaticano
Em sua alocução, o pontífice recordou que "o mês de junho é, tradicionalmente, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, máxima expressão humana do amor divino. De fato, sexta-feira passada, comemoramos a Solenidade do Coração de Jesus, uma festa que dá consonância a todo o mês".
O Santo Padre explicou que "a piedade popular dá muito valor aos símbolos. O Coração de Jesus é o símbolo, por excelência, da misericórdia de Deus. Porém, não é um símbolo imaginário, mas um símbolo real, que representa o centro, a fonte, da qual brota a salvação de toda a humanidade".
Nos Evangelhos, encontramos diversas referências ao Coração de Jesus. Por exemplo, na passagem onde o próprio Cristo diz: "Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso. Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", extraída do Evangelho de Mt 11,28-29.
"A seguir, é fundamental a narração da morte de Jesus, segundo São João", disse Francisco. "Este evangelista dá testemunho do que viu no Calvário, ou seja, quando Jesus já estava morto, um soldado transpassou-lhe o peito com uma lança e, daquela ferida, saíram sangue e água. João reconheceu, naquele sinal, aparentemente casual, o cumprimento das profecias: do Coração de Jesus, Cordeiro imolado sobre a Cruz, brotou, para todos os homens, o perdão e a vida".
O Santo Padre frisou que "a misericórdia de Jesus não é somente um sentimento. Pelo contrário, é uma força que dá a vida, que ressuscita o homem! É o que nos diz também o Evangelho de hoje, no episódio da viúva de Naim. Jesus, com os seus discípulos, estava quase chegando a Naim, uma aldeia da Galileia, precisamente no momento em que se realizava um enterro: estavam levando ao cemitério um jovem, filho único de uma mulher viúva".
Francisco destacou que "o olhar de Jesus se fixou logo sobre aquela mãe em pranto. E o evangelista Lucas diz: 'Ao vê-la, o Senhor sentiu grande comoção por ela. Esta compaixão representa o amor de Deus para com o homem: se trata da sua misericórdia, ou seja, a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa indigência, o nosso sofrimento, a nossa angústia. Com efeito, o termo bíblico compaixão evoca as vísceras maternas. A mãe, de fato, tem uma reação típica materna diante da dor de um filho. Assim Deus nos ama, diz a Escritura".
"Mas, qual é o fruto deste amor? Desta misericórdia? É a vida! Jesus disse à viúva de Naim: "Não chore! Depois, dirigindo-se ao jovem morto, o despertou como de um sono. A misericórdia de Deus dá vida ao homem, o ressuscita da morte. O Senhor nos olha sempre com misericórdia, nos espera com misericórdia. Não tenhamos medo de aproximar-nos d’Ele! Ele tem um Coração misericordioso! Se lhe mostrarmos as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoa. Tudo isso é pura misericórdia", disse ainda o Papa Francisco.
O Santo Padre fez um convite: "Dirijamo-nos à Virgem Maria. O seu coração imaculado, coração de mãe, compartilhou ao máximo desta compaixão de Deus, sobretudo na hora da Paixão e Morte de Jesus. Que Maria nos ajude a sermos mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos"!
Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou a Beatificação de duas Religiosas polonesas, neste domingo, em Cracóvia.
Trata-se de Sofia Czeska Maciejowska, que, na primeira metade do século XVII, fundou a Congregação das Virgens da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria; e Margarida Lucia Szewczyk, que, no século XIX, fundou a Congregação das Filhas da Bem-Aventurada Virgem Maria das Dores. "Com a Igreja em Cracóvia, demos graças a Deus", disse o pontífice.
A seguir, o Santo Padre saudou, com afeto, todos os peregrinos, grupos paroquiais, famílias, estudantes, associações e movimentos presentes na Praça São Pedro. O Papa saudou também os fiéis vindos de Mumbai, na Índia, e os peregrinos de Ortona, na Itália, onde são venerados restos mortais do Apóstolo Tomé.
Fonte: Rádio Vaticano
sexta-feira, 7 de junho de 2013
....No domingo 2 de junho, o Papa Francisco foi à janela do apartamento
pontifício para a tradicional oração mariana do Angelus. Diante de
milhares de fiéis de diversas partes do mundo reunidos na Praça São
Pedro e adjacências, o Santo Padre centrou sua meditação – que antece a
oração - na Eucaristia.
Papa Francisco recordou no início de sua meditação a festa de Corpus Christi celebrada no Vaticano e em diversos países na quinta-feira passada (na Itália e em outros países é celebrada neste domingo).
Após, partindo da passagem da multiplicação dos pães (Lc 9,11-17), o Papa observou o quanto era humano o comportamento dos discípulos, que tentam buscar uma “solução realista, que não crie problemas”, não confiando assim na Providência, capaz de garantir alimento à multidão que seguia Jesus, às margens do Lago da Galiléia.
Jesus se preocupa com a multidão faminta e cansada que o segue. Os discípulos aconselham o Mestre a ‘despedir a multidão para que busquem seu próprio alimento’ e Jesus diz a eles: ‘Vós mesmos dareis de comer’. “Jesus sabe bem o que fazer – observa o Papa – mas Ele quer envolver os discípulos, educá-los”.
Continuando sua meditação, Papa Francisco destaca a pré-figuração da Eucaristia como alimento, contida nesta passagem: “O comportamento de Jesus é claramente diferente e é ditado pela sua união com o Pai e pela compaixão pelas pessoas, mas também pelo desejo de dar uma mensagem aos discípulos. Diante daqueles cinco pães, Jesus pensa: eis a Providência! A partir deste pouco, Deus pode dar o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai celeste, sabe que para Ele tudo é possível. Por isto diz aos discípulos para fazer as pessoas se sentarem em grupos de cinqüenta. E não é por acaso – ressalta Francisco. Isto significa que não são mais uma multidão, mas se tornam comunidade, nutrida pelo Pão de Deus. E depois toma os pães e os peixes, levanta os olhos ao céu e abençoa – é uma clara referência a Eucaristia -, depois os parte e começa a dar aos discípulos, e os discípulos os distribuem....e os pães e os peixes não acabam! Eis o milagre: mais que uma multiplicação é uma partilha, motivada pela fé e pela oração. Todos comeram e vai mais além: é o sinal de Jesus, pão de Deus para a humanidade”.
O Santo Padre salienta o sentido da Eucaristia como serviço e partilha, observando que os discípulos não entenderam bem a mensagem, “foram tomados, como a multidão, pelo entusiasmo do sucesso. Mais uma vez seguiram a lógica humana e não aquela de Deus, aquela do serviço, do amor, da fé”.
Ao final, o Papa observou que a Festa de Corpus Christi nos lembra para “convertermos nossa fé na Providência, de saber partilhar o pouco que somos e temos e não nos fecharmos nunca em nós mesmos”.
E rezou: “Peçamos a nossa Mãe Maria para nos ajudar nesta conversão, para seguir verdadeiramente, sempre mais, este Jesus que adoramos na Eucaristia”.
Fonte: Rádio Vaticano
Papa Francisco recordou no início de sua meditação a festa de Corpus Christi celebrada no Vaticano e em diversos países na quinta-feira passada (na Itália e em outros países é celebrada neste domingo).
Após, partindo da passagem da multiplicação dos pães (Lc 9,11-17), o Papa observou o quanto era humano o comportamento dos discípulos, que tentam buscar uma “solução realista, que não crie problemas”, não confiando assim na Providência, capaz de garantir alimento à multidão que seguia Jesus, às margens do Lago da Galiléia.
Jesus se preocupa com a multidão faminta e cansada que o segue. Os discípulos aconselham o Mestre a ‘despedir a multidão para que busquem seu próprio alimento’ e Jesus diz a eles: ‘Vós mesmos dareis de comer’. “Jesus sabe bem o que fazer – observa o Papa – mas Ele quer envolver os discípulos, educá-los”.
Continuando sua meditação, Papa Francisco destaca a pré-figuração da Eucaristia como alimento, contida nesta passagem: “O comportamento de Jesus é claramente diferente e é ditado pela sua união com o Pai e pela compaixão pelas pessoas, mas também pelo desejo de dar uma mensagem aos discípulos. Diante daqueles cinco pães, Jesus pensa: eis a Providência! A partir deste pouco, Deus pode dar o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai celeste, sabe que para Ele tudo é possível. Por isto diz aos discípulos para fazer as pessoas se sentarem em grupos de cinqüenta. E não é por acaso – ressalta Francisco. Isto significa que não são mais uma multidão, mas se tornam comunidade, nutrida pelo Pão de Deus. E depois toma os pães e os peixes, levanta os olhos ao céu e abençoa – é uma clara referência a Eucaristia -, depois os parte e começa a dar aos discípulos, e os discípulos os distribuem....e os pães e os peixes não acabam! Eis o milagre: mais que uma multiplicação é uma partilha, motivada pela fé e pela oração. Todos comeram e vai mais além: é o sinal de Jesus, pão de Deus para a humanidade”.
O Santo Padre salienta o sentido da Eucaristia como serviço e partilha, observando que os discípulos não entenderam bem a mensagem, “foram tomados, como a multidão, pelo entusiasmo do sucesso. Mais uma vez seguiram a lógica humana e não aquela de Deus, aquela do serviço, do amor, da fé”.
Ao final, o Papa observou que a Festa de Corpus Christi nos lembra para “convertermos nossa fé na Providência, de saber partilhar o pouco que somos e temos e não nos fecharmos nunca em nós mesmos”.
E rezou: “Peçamos a nossa Mãe Maria para nos ajudar nesta conversão, para seguir verdadeiramente, sempre mais, este Jesus que adoramos na Eucaristia”.
Fonte: Rádio Vaticano
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Curso de Aprofundamento Bíblico
O mundo foi criado em 6 dias? Os primeiros capítulos do Gênesis trata de coisas que aconteceram de fato? Qual o sentido de todas essas narrativas?
Venha participar desse curso de aprofundamento e discutir essas e outras questões sobre esse intrigante livro!
domingo, 12 de maio de 2013
Para festejar nosso aniversário hoje a estaremos participando da Santa Missa de encerramento da Festa de Nossa Mãezinha Nossa Senhora de Fátima na Comunidade João XXIII. Muito felizes estamos com essa data são 28 anos de muita alegrias, muitas graças, muitas famílias restauradas e muitos jovens transformados e verdadeiros homens e mulheres de Deus. PARABÉNS A CADA UM QUE FEZ, FAZ E FARÁ ESSA COMUNDADE QUE NUNCA FOI NOSSA E SIM DE DEUS QUE A NOS CONFIOU. PARABÉNS AO NOSSO QUERIDO LUIZ QUE NO PRIMEIRO DESSA HISTÓRIA ESTEVE LÁ, NOSSO FUNDADOR!
segunda-feira, 22 de abril de 2013
A Igreja de Francisco
Como costumo fazer quando estou em casa, na manhã do dia 18 de março
folheei os jornais de Dourados, a cidade onde resido. Num deles,
encontrei dois artigos sobre o Papa Francisco, assinados por pessoas que
considero amigas de longa data. Referindo-se aos primeiros dias do
pontífice, um articulista dizia: «Sem dúvida, ele deverá cativar as
pessoas com muita facilidade, o que vai ser muito bom para a Igreja, que
precisa amenizar a carranca e guardar a solenidade para dentro dos
templos!».
Preciso reconhecer que, mais do que a
simpatia transmitida pelo novo Papa, o que ficou gravado no meu coração
foi a “carranca” da Igreja. Certamente, como tantos outros cristãos, o
autor ficou tocado pela graça de Deus que irrompe nos ambientes onde
Francisco aparece. No domingo em que ele escreveu o artigo, o Papa, no
final da missa que rezou na igreja de Santana, colocou-se à porta e se
entreteve com os fiéis que haviam participado da celebração. Foi uma
festa. As pessoas repetiam comovidas: «O Papa me abraçou! Ele sorriu para mim!».
Confesso que, se a “carranca” da Igreja corresponde à realidade, devo
reconhecer que estávamos realmente precisando de um Papa que nos
lembrasse uma das principais razões que levou João XXIII a pensar no
Concílio Vaticano II, como ele mesmo explicou no dia de sua inauguração,
11 de outubro de 1962: «A Igreja Católica quer ser mãe amorosa de
todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos
que dela se separaram».
Quando eu era criança – antes do Concílio – a “linha dura” prevalecia em toda a parte, inclusive nos seminários onde se preparavam os sacerdotes. A metodologia empregada para “educar” e “convencer” não dispensava a palmatória. Formados sob uma disciplina férrea, havia padres que acabavam por adotar o mesmo estilo no trato com o povo que lhes cabia dirigir. Enérgicos e autoritários, mais do que amados, eram temidos e mantidos à distância. Contudo, pela solidez de seus princípios morais e espirituais, a maior parte deles muito contribuiu para o desenvolvimento das comunidades. Mas, não se pode negar, também contribuiu para a “carranca” da Igreja...
O Concílio terminou no dia 8 de dezembro de 1965, quando se iniciava uma profunda revolução cultural na história da humanidade, uma autêntica mudança de época. Em toda a parte, explodiram revoltas populares exigindo democracia, igualdade e justiça. Na Europa, a juventude deu o grito de largada, que se alastrou por inúmeros países. Na África, o processo de descolonização caminhou a passos de gigante. Na América Latina, nasceram as Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação. Em contato direto com o sofrimento do povo, espoliado pelo poder econômico, não poucos padres e religiosos optaram por ideologias que lhes pareciam mais eficazes do que a “prudência” da Igreja na solução dos problemas sociais. Infelizmente, o radicalismo iracundo de alguns deles também colaborou para a “carranca” da Igreja.
“Tese, antítese e síntese” parece ser o processo normal do amadurecimento cultural e social da humanidade. É o que percebo também na Igreja. Depois de uma época em que alguns agentes de pastoral privilegiavam a salvação da alma, surgiu um período em que a Igreja parecia transformar-se numa “piedosa ONG” – como disse o Papa Francisco aos cardeais no dia 14 de março, logo após a eleição – destinada a resolver os problemas do povo. Graças a Deus, de uns anos para cá voltamos a descobrir a síntese proposta pelo Evangelho: «Se um irmão não tem o que vestir ou comer, e você lhe diz: “Vá em paz, se aqueça e coma bastante”, sem lhe dar o necessário, que adianta isso? Sem obras, a fé está morta!» (Tg 2,15-17).
O articulista de Dourados pede que reservemos a «solenidade para dentro dos templos». De minha parte, penso que também ali convenha sermos simples e fraternos. Um exemplo concreto: anos atrás, quando uma criança traquinava na igreja, havia padres que bradavam: «Essa criança não tem mãe?». Há poucos dias, durante a missa, um pequerrucho galgou o presbitério, aproximou-se do altar e puxou a túnica do padre. Este o abraçou e lhe perguntou: «O que você quer ser quando grande?». «Padre!», foi a resposta do menino. Se Deus continua falando pela boca das crianças (Mt 21,16), a Igreja do Papa Francisco já começou...
Quando eu era criança – antes do Concílio – a “linha dura” prevalecia em toda a parte, inclusive nos seminários onde se preparavam os sacerdotes. A metodologia empregada para “educar” e “convencer” não dispensava a palmatória. Formados sob uma disciplina férrea, havia padres que acabavam por adotar o mesmo estilo no trato com o povo que lhes cabia dirigir. Enérgicos e autoritários, mais do que amados, eram temidos e mantidos à distância. Contudo, pela solidez de seus princípios morais e espirituais, a maior parte deles muito contribuiu para o desenvolvimento das comunidades. Mas, não se pode negar, também contribuiu para a “carranca” da Igreja...
O Concílio terminou no dia 8 de dezembro de 1965, quando se iniciava uma profunda revolução cultural na história da humanidade, uma autêntica mudança de época. Em toda a parte, explodiram revoltas populares exigindo democracia, igualdade e justiça. Na Europa, a juventude deu o grito de largada, que se alastrou por inúmeros países. Na África, o processo de descolonização caminhou a passos de gigante. Na América Latina, nasceram as Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação. Em contato direto com o sofrimento do povo, espoliado pelo poder econômico, não poucos padres e religiosos optaram por ideologias que lhes pareciam mais eficazes do que a “prudência” da Igreja na solução dos problemas sociais. Infelizmente, o radicalismo iracundo de alguns deles também colaborou para a “carranca” da Igreja.
“Tese, antítese e síntese” parece ser o processo normal do amadurecimento cultural e social da humanidade. É o que percebo também na Igreja. Depois de uma época em que alguns agentes de pastoral privilegiavam a salvação da alma, surgiu um período em que a Igreja parecia transformar-se numa “piedosa ONG” – como disse o Papa Francisco aos cardeais no dia 14 de março, logo após a eleição – destinada a resolver os problemas do povo. Graças a Deus, de uns anos para cá voltamos a descobrir a síntese proposta pelo Evangelho: «Se um irmão não tem o que vestir ou comer, e você lhe diz: “Vá em paz, se aqueça e coma bastante”, sem lhe dar o necessário, que adianta isso? Sem obras, a fé está morta!» (Tg 2,15-17).
O articulista de Dourados pede que reservemos a «solenidade para dentro dos templos». De minha parte, penso que também ali convenha sermos simples e fraternos. Um exemplo concreto: anos atrás, quando uma criança traquinava na igreja, havia padres que bradavam: «Essa criança não tem mãe?». Há poucos dias, durante a missa, um pequerrucho galgou o presbitério, aproximou-se do altar e puxou a túnica do padre. Este o abraçou e lhe perguntou: «O que você quer ser quando grande?». «Padre!», foi a resposta do menino. Se Deus continua falando pela boca das crianças (Mt 21,16), a Igreja do Papa Francisco já começou...
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)
quarta-feira, 13 de março de 2013
Conheça a biografia do novo Papa
Cardeal Jorge Mario Bergoglio, SJ,
arcebispo de Buenos Aires, Argentina, nasceu em 17 de dezembro de 1936,
em Buenos Aires. Ele foi ordenado pelos jesuítas, em 13 de dezembro de
1969, durante os estudos teológicos na Faculdade de Teologia de San
Miguel.
Ele era noviço-mestre em São Miguel,
onde também ensinou teologia. Foi Provincial da Argentina (1973-1979) e
reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel (1980-1986).
Depois de completar sua tese de doutorado na Alemanha, serviu como
confessor e diretor espiritual em Córdoba.
Em 20 de maio de 1992, Bergoglio foi
nomeado bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires; recebeu a
consagração episcopal em 27 de junho do mesmo ano.
Em 3 de junho de 1997, foi nomeado
Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e sucedeu o Cardeal Antonio
Quarracino, em 28 de fevereiro de 1998. Foi Relator-Geral Adjunto da
Assembleia Ordinária da 10º Sínodo Geral dos Bispos, em outubro de 2001.
Bergoglio atuou como presidente da
Conferência Episcopal da Argentina a partir de 8 de novembro de 2005 até
8 de novembro de 2011.
Criado e proclamado cardeal pelo beato
João Paulo II, no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, com o título
de S. Roberto Bellarmino (Santo Roberto Belarmino).
Membro de:
- Congregações para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
para o Clero, para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de
Vida Apostólica;
- Conselho Pontifício para a Família;
- Pontifícia Comissão para a América Latina;
Fonte: Site Oficial Santa Sé
Habemus Papam
Cardeal Jorge Mario Bergoglio é argentino e escolheu o nome Francisco I. É o primeiro Papa latino-americano.
O nome do novo Papa da Igreja Católica
foi anunciado às 20h12, (horário de Roma, 16h12 horário de Brasília),
desta quarta-feira, 13 de março. O anúncio foi feito da sacada central
da Basílica de São Pedro pelo primeiro cardeal da ordem dos diáconos:
Cardeal Protodiácono Jean-Louis Tauran.
Cardeal Jorge Mario Bergoglio é jesuita e tem 76 anos.
segunda-feira, 11 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
Atmosfera de serenidade marca primeiro encontro dos cardeais
Em coletiva de imprensa, porta-voz do Vaticano traz informações sobre 1ª Congregação Geral dos cardeais
“A atmosfera é de serenidade e
construtividade neste tempo de responsabilidade na eleição do novo
Pontífice”, foi o que assegurou o diretor da sala de imprensa da Santa
Sé, padre Federico Lombardi, em coletiva, na manhã desta segunda-feira,
4, no Vaticano.
Segundo padre Lombardi, estiveram
presentes, nesta primeira congregação, 142 cardeais, sendo 103 deles
votantes. Faltaram 65 cardeais, sendo 12 votantes.
“A congregação teve início com uma
primeira colocação do Cardeal Decano, que lembrou ao Colégio a
importância deste evento. Logo depois, tiveram início as orações e o
juramento. Primeiro, os cardeais fizeram um juramento coletivo e,
depois, cada um dirigiu-se à frente da mesa da presidência – na qual se
acontrava o evangeliário aberto – fazendo cada um o seu juramento
pessoal”, disse padre Lombardi.
O porta voz informou ainda aos
jornalistas que foi proposto pelo Decâno, e aceito com prazer pelo
Colégio dos Cardeais, o envio de uma mensagem ao Papa emérito Bento XVI,
em Castel Gandofo. Foi proposto também uma primeira reflexão
espiritual, tradição no início da Congregação Geral, que será feita pelo
pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, na tarde desta
segunda-feira.
“Houve um primeiro intervalo para um
café e, obviamente, estes momentos são muito significativos, porque os
cardeais vão se conhecendo e trocando informações”, disse o porta-voz,
informando ainda que, na segunda parte da manhã foi dada a possibilidade
da intervenção deles, sendo que 13 pediram a palavra e fizeram breves e
precisas intervenções sobre a organização dos trabalhos das
Congregações Gerais nos próximos dias.
sexta-feira, 1 de março de 2013
Sé Vacante: Termina Pontificado de Bento XVI
Pontificado de Bento XVI terminou nesta quinta-feira
Desde às 16h (horário de Brasília, 20h
em Roma), desta quinta-feira, 28, terminou o Pontificado de Bento XVI,
após quase oito anos à frente da Igreja Católica, e teve início o
período de Sé Vacante. Esse horário foi escolhido pois era a hora em que
Bento XVI costumava terminar seu dia de trabalho.
Como sinal do fim do Pontificado de
Bento XVI, o Cardeal Carmelengo, que atualmente é Dom Tarcísio Bertone,
irá quebrar o Anel do Pescador (anel do Papa) e lacrar o apartamento e o
escritório papal, à espera do novo Pontífice, como estabelece a
Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.
O Anel do Pescador é o sinal visível da
autoridade do Papa, que ele recebe em momento solene no início do seu
Pontificado e usa no dedo anular direito. O anel, confeccionado em ouro,
traz gravado o nome do Pontífice e a imagem em relevo do Apóstolo Pedro
pescando sobre uma barca. Com a morte de cada Papa, ou neste caso, a
renúncia, o Cardeal Camerlengo quebra o símbolo na presença dos
representantes do Colégio dos Cardeais.
Durante a Sé Vacante, toda a Igreja é
convidada a se unir em oração, aos Sagrados Pastores e aos Cardeais
eleitores do Sumo Pontífice, e “implorar a Deus o novo Papa como dom de
sua bondade e Providência”, orienta a constituição Universi Dominici Gregis.
Confira as perguntas mais frequentes sobre o futuro de Bento XVI
- Bento XVI vai aparecer ao público após a renúncia?
Não estão previstas aparições após 28 de fevereiro. Em sua chegada a Castel Gandolfo, Bento XVI deverá saudar os vizinhos e visitantes da fachada principal da Casa Pontifícia. Esta deverá sera sua última aparição pública.
Não estão previstas aparições após 28 de fevereiro. Em sua chegada a Castel Gandolfo, Bento XVI deverá saudar os vizinhos e visitantes da fachada principal da Casa Pontifícia. Esta deverá sera sua última aparição pública.
- Onde Bento XVI irá morar?
Bento XVI residirá em Castel Gandolfo de 28 de fevereiro até o final de abril ou início de maio. A partir de então, o Papa emérito residirá no Mosteiro ‘Mater Ecclesia’ no Vaticano. Até outubro de 2012 residiam ali as Irmãs de Clausura visitandinas. Os trabalhos de reforma foram iniciados em novembro de 2012 e serão concluídos nos próximos meses.
Bento XVI residirá em Castel Gandolfo de 28 de fevereiro até o final de abril ou início de maio. A partir de então, o Papa emérito residirá no Mosteiro ‘Mater Ecclesia’ no Vaticano. Até outubro de 2012 residiam ali as Irmãs de Clausura visitandinas. Os trabalhos de reforma foram iniciados em novembro de 2012 e serão concluídos nos próximos meses.
- Por que o Pontífice escolheu ficar num mosteiro no Vaticano e não retornar à Baviera, sua terra natal?
Bento XVI não mencionou claramente, mas a presença e oração de Bento XVI no Vaticano dá uma continuidade espiritual ao papado. Além disso, Bento XVI mora no Vaticano há mais de três décadas.
Bento XVI não mencionou claramente, mas a presença e oração de Bento XVI no Vaticano dá uma continuidade espiritual ao papado. Além disso, Bento XVI mora no Vaticano há mais de três décadas.
- Quem vai assessorar o Papa emérito?
Quer em Castel Gandolfo, quer no Mosteiro ‘Mater Ecclesia’, Bento XVI será acompanhado por Dom Georg Gaenswein, seu secretário particular, que permanece no cargo de Prefeito da Casa Pontifícia.
Quer em Castel Gandolfo, quer no Mosteiro ‘Mater Ecclesia’, Bento XVI será acompanhado por Dom Georg Gaenswein, seu secretário particular, que permanece no cargo de Prefeito da Casa Pontifícia.
fonte: http://papa.cancaonova.com/
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Na íntegra, última Catequese de Bento XVI – 27/02/13
Catequese
Praça São Pedro
Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.
Obrigado de coração! Estou realmente
tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um
obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.
Como o apóstolo Paulo no texto bíblico
que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer
sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua
Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se
expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a
Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber
sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente
no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e
nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.
Sinto levar todos na oração, um presente
que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada
visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao
Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda
sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira
digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col
1,9-10).
Neste momento, há em mim uma grande
confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do
Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e
renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e
acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha
confiança, esta é a minha alegria.
Quando, em 19 de abril há quase oito
anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que
sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de
Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que
ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me
pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo
me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me
guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso
dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber
cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que
teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis;
senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o
Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca
foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e
o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor
parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e
sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E
o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também
através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma
certeza, que nada pode ofuscá-la. E é por isto que hoje o meu coração
está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a
Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.
Estamos no Ano da Fé, que desejei para
reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece
colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a
renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos
braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são
aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria
que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por
nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um
sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se
cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o
coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos
contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos
tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com
uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o
amemos!
Mas não é somente a Deus que quero
agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de
Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti
sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor
colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja,
ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos
Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram
preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário
de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de
Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários
setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não
aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na
dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um
apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a
minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no
Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas
pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi
grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada
um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de
cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro.
Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.
Gostaria que a minha saudação e o meu
agradecimento alcançasse todos: o coração de um Papa se expande ao mundo
inteiro. E gostaria de expressar a minha gratidão ao Corpo diplomático
junto à Santa Sé, que torna presente a grande família das Nações. Aqui
penso também em todos aqueles que trabalham para uma boa comunicação, a
quem agradeço pelo seu importante serviço.
Neste ponto gostaria de agradecer
verdadeiramente de coração todas as numerosas pessoas em todo o mundo,
que nas últimas semanas me enviaram sinais comoventes de atenção, de
amizade e de oração. Sim, o Papa não está nunca sozinho, agora
experimento isso mais uma vez de um modo tão grande que toca o coração. O
Papa pertence a todos e tantas pessoas se sentem muito próximas a ele. É
verdade que recebo cartas dos grandes do mundo – dos Chefes de Estado,
dos Líderes religiosos, de representantes do mundo da cultura, etc. Mas
recebo muitas cartas de pessoas simples que me escrevem simplesmente do
seu coração e me fazem sentir o seu afeto, que nasce do estar junto com
Cristo Jesus, na Igreja. Estas pessoas não me escrevem como se escreve,
por exemplo, a um príncipe ou a um grande que não se conhece.
Escrevem-me como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido
de uma ligação familiar muito afetuosa. Aqui pode se tocar com a mão o
que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins
religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e
irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja
deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do
seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu
declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!
Nestes últimos meses, senti que as
minhas forças estavam diminuindo e pedi a Deus com insistência, na
oração, para iluminar-me com a sua luz para fazer-me tomar a decisão
mais justa não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo
na plena consciência da sua gravidade e também inovação, mas com
profunda serenidade na alma. Amar a Igreja significa também ter coragem
de fazer escolhas difíceis, sofrer, tendo sempre em vista o bem da
Igreja e não de si próprio.
Aqui, permitam-me voltar mais uma vez a
19 de abril de 2005. A gravidade da decisão foi propriamente no fato de
que daquele momento em diante eu estava empenhado sempre e para sempre
no Senhor. Sempre – quem assume o ministério petrino já não tem mais
privacidade alguma. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a
Igreja. Sua vida vem, por assim dizer, totalmente privada da dimensão
privada. Pude experimentar, e o experimento precisamente agora, que se
recebe a própria vida quando a doa. Antes disse que muitas pessoas que
amam o Senhor amam também o Sucessor de São Pedro e estão afeiçoadas a
ele; que o Papa tem verdadeiramente irmãos e irmãs, filhos e filhas em
todo o mundo, e que se sente seguro no abraço da vossa comunhão; porque
não pertence mais a si mesmo, pertence a todos e todos pertencem a ele.
O “sempre” é também um “para sempre” –
não há mais um retornar ao privado. A minha decisão de renunciar ao
exercício ativo do ministério não revoga isto. Não retorno à vida
privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc.
Não abandono a cruz, mas estou de modo novo junto ao Senhor
Crucificado. Não carrego mais o poder do ofício para o governo da
Igreja, mas no serviço da oração estou, por assim dizer, no recinto de
São Pedro. São Bento, cujo nome levo como Papa, será pra mim de grande
exemplo nisto. Ele nos mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou
passiva, pertence totalmente à obra de Deus.
Agradeço a todos e a cada um também pelo
respeito e pela compreensão com o qual me acolheram nesta decisão tão
importante. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja com a oração e a
reflexão, com aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que busquei
viver até agora a cada dia e que quero viver sempre. Peço-vos para
lembrarem-se de mim diante de Deus e, sobretudo, para rezar pelo
Cardeais, chamados a uma tarefa tão importante, e pelo novo Sucessor do
Apóstolo Pedro: o Senhor o acompanhe com a sua luz e a força do seu
Espírito.
Invoquemos a materna intercessão da
Virgem Maria Mãe de Deus e da Igreja para que acompanhe cada um de nós e
toda a comunidade eclesial; a ela nos confiemos, com profunda
confiança.
Queridos amigos! Deus guia a sua Igreja,
a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca
esta visão de fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e
do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a
alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona,
está próximo a nós e nos acolhe com o seu amor. Obrigado!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2013
Boletim da Santa Sé
MENSAGEM
Crer na caridade suscita caridade
"Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele"
(1 Jo 4, 16)
Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2013
Queridos irmãos e irmãs!
A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.
1. A fé como resposta ao amor de Deus
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: "Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele" (1 Jo 4, 16), recordava que, "no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um 'mandamento', mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro" (Deus caritas est, 1). A fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: "O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no ato globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está 'concluído' e completado" (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os "agentes da caridade", a necessidade da fé, daquele "encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor" (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor - "caritas Christi urget nos" (2 Cor 5, 14) - , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.
"A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (...) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única - que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir" (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente "o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado" (ibid., 7).
2. A caridade como vida na fé
Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o "sim" da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20).
Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma "fé que atua pelo amor" (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12).
A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é "caminhar" na verdade (cf. Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30).
3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade
À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma "dialética". Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o ativismo moralista.
A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e ação, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé (cf. Catequese na Audiência geral de 25 de Abril de 2012). De fato, por vezes tende-se a circunscrever a palavra "caridade" à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o "serviço da Palavra". Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressio, o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate, 8).
Essencialmente, tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contato com o divino que é capaz de nos fazer "enamorar do Amor", para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros.
A propósito da relação entre fé e obras de caridade, há um texto na Carta de São Paulo aos Efésios que a resume talvez do melhor modo: "É pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas ações que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos" (2, 8-10). Daqui se deduz que toda a iniciativa salvífica vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé; mas tal iniciativa, longe de limitar a nossa liberdade e responsabilidade, torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas não são fruto principalmente do esforço humano, de que vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância. Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola.
4. Prioridade da fé, primazia da caridade
Como todo o dom de Deus, a fé e a caridade remetem para a ação do mesmo e único Espírito Santo (cf. 1 Cor 13), aquele Espírito que em nós clama:"Abbá! – Pai!" (Gl 4, 6), e que nos faz dizer: "Jesus é Senhor!" (1 Cor 12, 3) e "Maranatha! – Vem, Senhor!" (1 Cor 16, 22; Ap 22, 20).
Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5).
A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Batismo e a Eucaristia. O Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela. Tudo inicia do acolhimento humilde da fé ("saber-se amado por Deus"), mas deve chegar à verdade da caridade ("saber amar a Deus e ao próximo"), que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13).
Caríssimos irmãos e irmãs, neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do Senhor!
Vaticano, 15 de Outubro de 2012
Nota Oficial da CNBB sobre anúncio da renúncia de Bento XVI
A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) divulgou nota na tarde desta segunda-feira, 11 de
fevereiro, sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI feito na manhã
de hoje. A seguir, a íntegra da nota:
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.
Brasília, 11 de fevereiro de 2013
P. Nº 0052/13
P. Nº 0052/13
“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Teólogo brilhante, Bento XVI entrará
para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que
fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu
ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para
ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das
religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem
como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao
Deus criador e Senhor da vida.
A CNBB é grata a Sua Santidade pelo
carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A
sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para
inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do
Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada
Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto
trazia no coração o povo brasileiro.
Agradecemos a Deus o dom do ministério
de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão
fraterna, assegurando-lhe nossas preces.
Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.
Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Intercessão da Família
Neste ano de 2013 devemos sempre saber, lembrar e participar:
Intercessão da Família durante o ano
12/Fevereiro
12/Março
09/Abril
14/Maio
11/Junho
09/Julho
13/Agosto
10/Setembro
08/Outubro
12/Novembro
10/Dezembro
um dos momentos fortes de nossa família no sentido espiritual e participar dela é fundamental pra nosso crescimento. Deus nos vê!
Intercessão da Família durante o ano
12/Fevereiro
12/Março
09/Abril
14/Maio
11/Junho
09/Julho
13/Agosto
10/Setembro
08/Outubro
12/Novembro
10/Dezembro
um dos momentos fortes de nossa família no sentido espiritual e participar dela é fundamental pra nosso crescimento. Deus nos vê!
sábado, 5 de janeiro de 2013
Reisado do Novo Israel
Hoje é o ultimo dia do Reisado do Novo Israel, queremos agradecer a todos os jovens, crianças e casais da comunidade que participaram esses dois dias, no segundo dia em virtude do falecimento pai da Meirinha não fizemos em respeito a família. O Reisado já tradicional em nossa comunidade vem a cada ano sendo muito bem recebido pelo povo em suas casa que já espera a nossa visita, se Deus quiser e permitir ano que vem mais uma vez sairemos como os Reis Magos vistaram a Jesus e sua Mãe Maria, a visitar as famílias e casas dos moradores de nossa comunidade paroquial.
Como já dito hoje é o ultimo dia e a concentração é em frente ao Conselho de Arpoador na Rua Senhora Santana, nº 456 a partir das 19:30h e a saída será as 20:00h com a responsabilidade do Grupo Famílias em especial, os jovens do novo Israel estarão em missão. Quem Deus abençoe a nossa Comunidade Família Novo Israel e suas obras de missão e evangelização deste ano de 2013.
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