"O resgate das famílias pela missão e testemunho de vida" Luiz Nascimento
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
O Ministério de intercessão
Ministério de intercessão é um verdadeiro exército com a missão de combater e
vencer as forças espirituais do mau espalhadas nos ares (Ef 6,10s), por meio de orações
fervorosas com efeitos extraordinários. No momento da reunião de intercessão, os
intercessores oram a Deus não pelos seus próprios interesses, mas sim pelas
necessidades do GO e seus participantes.
Estruturação do ministério
O ministério de Intercessão é um grupo menor composto por um número
determinado de pessoas que se reúnem semanalmente em dia e horário fixo e diferente
do dia do GO.
É constituído por pessoas que participam ativamente do GO e que tenham sido
escolhidas primeiramente por Deus, depois pela oração e discernimento do núcleo de
serviço.
As pessoas discernidas para este ministério precisam ser:
• Maduras na fé, buscando vida de oração diária.
• Praticar o jejum ao menos uma vez por semana.
• Ser sigilosa e discreta.
• Assídua ao Grupo de Oração.
• Obediente à coordenação do GO.
• Sincera e humilde.
• Ter disponibilidade para assumir o compromisso com as reuniões de
intercessão e missões do GO.
O compromisso do intercessor é:
• Buscar a formação.
• Participar do GO e das reuniões do ministério de intercessão.
• Ter intimidade com o Senhor.
• Conhecimento da Palavra de Deus.
• Fidelidade e zelo para com o ministério que Deus o confia.
• Vivência dos Sacramentos.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Entenda o jubielu
A palavra jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há estudiosos que oferecem mais uma explicação. Supõe-se que yovel vem do verbo hebraico trazer de volta, pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários originais. Além da contagem do ano de shemitá, de sete em sete anos, existe a contagem do yovel - o jubileu, que ocorre a cada cinquenta anos, no ano seguinte ao término de 7 anos sabáticos. Na época do Templo Sagrado isto era exatamente o que acontecia a cada 50 anos. O Yovel caracterizava-se por três obrigações, que recaíam sobre a nação inteira:
a) Abstenção de qualquer trabalho agrícola, exatamente como em Shemitá;
b) Liberdade incondicional para todo escravo hebreu;
c) A devolução de todos os campos aos seus proprietários originais.
No Yovel, os escravos judeus são libertados. A cada ano de Yovel, em Yom Kipur, o San'hedrin (Tribunal Superior) tocava o shofar. A seguir os judeus em Israel, tocavam o shofar. O som podia ser ouvido em Israel inteira, anunciando: Chegou a hora de libertar todos os escravos judeus. Todos os que possuem escravos judeus devem libertá-los e enviá-los à suas casas. Não importava se o escravo recém começara a servir seu senhor, ou se já havia trabalhado seis anos, todo escravo judeu tinha de ser enviado de volta ao seu lugar de origem. O toque do shofar era um lembrete para ouvir e observar esta mitsvá. Depois de possuir um escravo por um longo período, o amo deve achar difícil mandá-lo embora; assim como o escravo pode ficar relutante em deixar seu amo. De Rosh Hashaná até Yom Kipur do ano de Yovel, um escravo não retorna à sua casa; nem seu amo pode empregá-lo. Em vez disso, senta-se à mesa de seu amo, come, bebe, e relaxa. Quando o shofar é tocado em Yom kipur, ele finalmente parte. Este período de dez dias de transição ajudam-no a readaptar-se à liberdade. Deus disse: Quando tirei o povo judeu do Egito, tornaram-se Meus escravos. Por isto, nenhum judeu poderá servir a outro por toda a vida, somente Eu posso exigir tal submissão. Como podemos observar na tradição judaica, como o Jubileu está alicerçado na Torá. Fala-se dele no livro do Êxodo (23, 10-11), no Levítico (25, 1-28), no Deuteronômio (15, 1-6). Cada sete anos era celebrado o ano sabático (como anteriormente comentávamos), no qual se deviam perdoar todas as dívidas. E cada 50 anos se celebrava o Jubileu. Santificareis o qüinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam. Este ano será para vós Jubileu: cada um de vós voltará à sua propriedade e à sua família. (Lv 25, 10) O tempo de Jubileu, era um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina.
Tradição Cristã
O Evangelista São Lucas narra em uma passagem que Jesus vai a uma Sinagoga no dia de sábado e proclama um trecho do livro do profeta Isaías: O Espírito do Senhor está sobre mim, por isso ele me ungiu e me mandou anunciar aos pobres uma mensagem, para proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a recuperação da vista, para colocar em liberdade os oprimidos e proclamar um ano da graça do Senhor. (Lc 4, 18-20)
Novo Coordenador da RCC Fortaleza
Aconteceu neste dia 21/04/2010 a eleição do novo coordenador da RCC Fortaleza.
Foi um momento de muita oração onde entre os nomes escolhidos, foi eleito para coordenar durante os próximos dois anos a Arquidiocese de Fortaleza, o Conselheiro Francisco Rayme Cavalcante. Ao mesmo tempo em que os Conselheiros estavam reunidos para a escolha, acontecia uma grande corrente de oração através da internet onde estavam conectados membros da RCC de todo o Brasil em comunhão conosco. Louvemos e agradecemos à Deus, pelos nosso irmão que foi escolhido pelo Senhor para dar continuidade neste pastoreio da RCC-FORTALEZA, e que para glória de Nosso Senhor Jesus Cristo tem realizado com muito amor e dedicação as missões que Ele mesmo lhes confiou.
O Senhor quis confiar-lhe mais esta missão.
Que Jesus o capacite mais e mais,para que as graças de Deus Pai sejam abundantes neste novo pastoreio!
Parabéns Raime! Parabéns RCC FORTALEZA!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Carta Pastoral
do Santo Padre Bento XVI
aos Católicos na Irlanda
Tradução não oficial leia na íntegra:
Muito mais que pedofilia
POR CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER
As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca… A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.
As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.
O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.
Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!
Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?
As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!
A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.
E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.
Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!
Cardeal Odilo Pedro Scherer é Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo/SP.
Fonte: Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. 11. 04.2010.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Retiro anual da liturgia
O retiro anual da liturgia, pastoral litúrgica, acontecerá como já agendado, no dia 21 de abril de 2010, próximo feriado, no Conselho Comunitário de Vila Sto Antonio.
Iniciaremos as 8h e na mesma ocasião serão abordados os temas de engajamento, afim de implantarmos a equipe liturgia-matriz, prevista para maio / 2010 de maneira experimental.
A inscrição precisa ser feita na secretaria da paróquia no caso de novatos.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
mais um Padre faleceu
Falecimento do Pe. José Nilson de Oliveira Lima
Faleceu, na noite de ontem, dia 14 de abril, no Hospital Otoclínica, em Fortaleza, por insuficiência Renal seguida de parada cardíaca, Padre José Nilson de Oliveira Lima.
Seu corpo será velado na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, no Mucuripe. A missa de corpo presente acontecerá às 14h, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques. O sepultamento será às 16h, no Cemitério Parque da Paz.
Resumo de sua vida
Nascimento - 05/06/1922 - Aratuba - CE
Ord. Sacerdotal - 30/11/1947
- Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, em Fortaleza
- Diretor do Colégio Pe. Nilson;
- Diretor do Colégio Estudual Estudante João Nogueira Jucá;
- Diretor do Colégio Feliz Amanhã;
- Membro do Conselho fiscal da colônia dos pescadores do Mucuripe;
- Vigário Cooperador da Igreja do Patrocínio, em Fortaleza 1948;
- Capelão do Patronato, em Cascavel 1949;
- Professor do Seminário da Prainha, em 1950;
- Pároco emérito da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde - 29/05/1950.
Informações com Padre Gilson Soares – (85) 99448378 - Paróquia N. Sra. Saúde - (85) 32631538
Resposta da Igreja
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Como praticar a devoção dos Cinco Primeiros Sábados
"Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração"
Na terceira aparição, em Fátima, a 13/7/1917, a SSma. Virgem anunciou que viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Mais tarde, a 10/12/1925, quando a Irmã Lúcia já estava na Casa das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe de novo. A Seu lado via-se o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa:
"Olha, minha filha - disse-lhe a Virgem Maria - o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:
* se confessarem;
* receberem a Sagrada Comunhão;
* rezarem um terço e;
* Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos vinte mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar.
Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas."
A confissão
No dia 15 de fevereiro de 1926, apareceu-lhe de novo o Menino Jesus. Perguntou-lhe se já tinha espalhado a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham de se confessar ao sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias.
"Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça, e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria."
Por que os cinco Sábados?
Esta pergunta, levantada por muitos, também a fez a Irmã Lúcia a Nosso Senhor, que assim lhe respondeu: "Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2. Contra a sua virgindade;
3. Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4. Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5. Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens". (Cfr. Memórias e Cartas da Irmã Lúcia, Porto, 1973).
Camisas Encontro Mariano
Pregação X Arco e Flexa
Muitas vezes e mesmo por questões de didática, lançamos mão de exemplos e comparações, na tentativa de explicar algo de conteúdo nem sempre definível ou de fácil compreensão. Isto ocorria com as parábolas que Jesus contava, no intuito de falar das coisas do céu a partir das realidades da terra (bom pastor, grão de mostarda, trigo e joio, o semeador, etc).
Isto também ocorre quando se pretende de algum modo, definir o que seja o ministério de pregação e os tipos de pregadores – se é que se poderia enquadrar o pregador dentro de algum perfil determinado, visto que não somente o pregador, mas o ser humano em geral, se apresenta muito mais complexo do que certos conceitos já postos.
Mas, como no início [didaticamente], gostaria também de apresentar alguma contribuição na compreensão do exercício deste lindo ministério.
A visão que se me apresenta daquilo que poderia ser comparado o ministério de pregação e que bem o demonstra seria a da prática do arco-e-flecha. Esta imagem comparativa do arco-e-flecha com o ministério de pregação surgiu quando fiz uma leitura sobre esta atividade e no livro , o autor descrevia pormenorizadamente tudo o que caracterizava tal atividade, bem como a composição de seus elementos (arco, flecha, alvo, etc).
A prática de arco-e-flecha requer alguns elementos que a componham. Não somente, mas a qualidade e uso destes elementos também influenciam o resultado desta atividade. Este elementos são, essencialmente, o arco, a flecha, um alvo e, evidentemente, o arqueiro. Traçando um paralelo entre as atividades do tiro com arco e da pregação, podemos destacar os três elementos desta primeira, a saber: o arco, a flecha e o alvo.
O arco
Originalmente , o arco deve ser feito de um tipo de madeira que resista a grandes tensões, pois o melhor arco é aquele que tem a maior capacidade de envergadura, ou seja, a capacidade de se dobrar sem quebrar (resiliência), pois quanto maior a curvatura que o arco faz, tanto maior é a propulsão com que pode lançar a flecha.
O pregador é como este arco. A “madeira” da qual ele é constituído chama-se oração. É ela que confere a capacidade de resiliência. Ou seja, quanto mais o pregador se “dobra” ou, melhor dizendo, se deixa ser dobrado, tanto melhor é para ele e para seu ministério. Mas – podemos nos perguntar – como um pregador pode se dobrar ou ser dobrado? Respondemos à esta indagação dizendo que a resposta é a oração.
Tanto no sentido de dobrar-se conquanto significa dizer que o pregador é aquele que se dobra, que se coloca de joelhos diante de Deus, bem como ele deve ser dobrado por Ele – no que se refere a deixar-se lapidar, moldar, converter-se por Deus para uma vida de oração – mudando seus valores, conceitos, idéias e ideais, etc.
Então, do mesmo modo que a madeira quanto mais dobrada pode lançar a flecha com maior impulso e distância, assim também quanto mais vida de oração e escuta, portanto, quanto mais dobrado o pregador estiver, mais longe e com maior impulso poderá lançar sua flecha. A esta altura já podemos compreender que ela (a flecha) é a Palavra de Deus. Precisamos nos dobrar constantemente diante do Senhor.
A flecha
Como já pudemos indicar anteriormente, a flecha pode ser compreendida como a própria Palavra de Deus. A flecha é um instrumento pontiagudo, penetrante e quando atinge o alvo, não se pode retirá-la sem dificuldades. Ou seja, uma vez penetrada ela deixa marcas no alvo, profundas e quando se tenta retirá-la, somente imprimindo uma força tal que, mesmo se conseguindo arrancá-la, deixa seus vestígios da perfuração.
De modo semelhante se dá com a Palavra de Deus. São Paulo já se referia à Sagrada Escritura como sendo um instrumento pontiagudo, penetrante . Uma vez lançada esta “flecha” da Palavra de Deus e atingido o alvo, ela não pode ser retirada sem deixar de produzir seu efeito, pois penetra profundamente deixando marcas onde é lançada (anunciada). E, a exemplo da passagem do semeador, caso algo ou alguém venha a retirar a Palavra semeada, esta não sairá sem esforço ou sem dor, pois ela é penetrante deixando sempre seus vestígios .
Entretanto, assim como a flecha se não for lançada, portanto, se não tiver uma força propulsora se torna apenas um pedaço de madeira, sem efeito, não penetra nem fura, de igual modo, a Bíblia quando não anunciada com o poder do Espírito, pode continuar sendo vista pelo mundo como um mero livro que não causa efeito algum. É preciso, pois, lançar a flecha. É preciso anunciar!
O alvo
O terceiro elemento componente da prática de tiro com arco é o alvo. Ele é o objetivo, o destino e fim último da flecha lançada pelo arqueiro. Geralmente é colocado a uma certa distância do arqueiro. Alguns são estáticos. Estão no mesmo lugar apenas “esperando” para serem flechados. Outros são colocados como alvos móveis. Mas uma coisa é comum entre ambos: a flecha precisa alcançá-los. Precisa chegar até eles penetrá-los.
Evidente que nesta comparação o alvo se assemelha ao povo de Deus. Seja ele enquanto assembléia reunida ou o indivíduo separadamente. Como foi dito, o destino e fim último de toda pregação (flecha) deve ser alcançar o coração (alvo) do povo de Deus. O pregador (arco) deve ter isso muito claro em sua mente e no seu coração. Sua pregação não é para a sua glória ou vaidade, mas tão-somente se deixar ser instrumento de Deus para tocar o Seu povo.
Isto exige uma sensibilidade do pregador. Um olhar diferente lançado para cada irmão. O arco não intui parar na flecha, mas se utiliza dela para cravá-la no alvo. Não a retém para si. Assim o pregador não deve calar diante dos irmãos. A flecha precisa ser lançada. Oportuna e inoportunamente, diria São Paulo.
Contudo, nem sempre o povo de Deus se comporta como o alvo estático que, passivamente espera a flecha tocar-lhe o centro. Nosso povo está cada vez mais dinâmico e, por vezes, distante da Palavra do Senhor, nem sempre desejando ou esperando ser tocado por ela. Ao contrário, muitas vezes a rejeita.
O último e fundamental elemento: o arqueiro
Embora tenhamos destacado três elementos nesta prática de arco-e-flecha existe um quarto elemento que dá base e vida para os demais: o arqueiro. O arqueiro escolhe a madeira da qual será feita o seu arco. Trabalha seu arco para alcançar a máxima envergadura e, quando o arco não atinge o ideal, o arqueiro molda seu arco para que atinja tal meta, embora sempre respeitando os seus limites. É ainda o próprio arqueiro quem confecciona a sua flecha. Ele sabe do que ela é feita e para que foi feita.
Sua atenção sempre está voltada para o alvo. Nunca tira os olhos dele, pois sabe que se desviar seu olhar a flecha pode ter outro destino que não o que ele desejaria e, assim, desperdiçaria uma flecha lançada ao vento. O arqueiro sabe, ainda, que precisa forçar ao máximo seu arco para fazer a flecha chegar. Às vezes pode dar a impressão que está forçando muito os limites de seu instrumento, parecendo que irá quebrá-lo em virtude da tamanha força impressa sobre este.
Mas o arqueiro bem sabe que está apenas usando o potencial máximo de seu arco, pois ele o conhece muito bem e sabe até onde ele agüenta. O resultado final: depois de tanto dobrar o arco, o arqueiro lança às maiores distâncias a sua flecha, pois sabe que no fundo ela foi feita para ir o mais longe possível e se não imprimisse tal força no arco o potencial de sua flecha não alcançaria toda sua capacidade.
Talvez nem precisasse continuar a interpretação desta comparação, pois podemos já identificar que este “arqueiro” é Deus. É ele quem escolhe os seus pregadores, que os molda para que sejam melhores no seu ministério e em suas vidas. Trabalha em cada um deles para que a Sua Palavra seja mais e melhor anunciada, a fim de que ela alcance mais e mais pessoas e as conduzam no caminho da conversão, rumo à felicidade eterna.
Neste trabalho de modelagem do seu arco, que somos nós, os pregadores, podemos cair no risco de pensar que nossa carga está muito pesada, ou que Deus está sendo injusto, insensível às nossas dores e dificuldades. É neste momento que precisamos compreender pela fé que é Deus que está, nesta hora, envergando seu arco para que este ganhe mais força. Pode parecer duro, dolorido, pesado, mas é neste momento que Deus prepara os seus profetas para atingirem metas maiores ou, como se diz, avançar para águas mais profundas. Pois, como vimos, o arqueiro (Deus) sempre exige o máximo do seu arco, mas respeita todos os seus limites.
Outro ponto ainda é o fato de Deus estar sempre com seu olhar voltado para seu povo. Seu olhar amoroso sempre o acompanha. Isto sugere e exorta os pregadores a perceberem-se apenas como instrumentos do lançamento da Palavra e não o seu fim. O objetivo de Deus ao vocacionar alguém para este serviço não é outro senão tocar o seu povo. Assim como a flecha parte do arqueiro para o alvo, a Palavra de Deus parte de Deus para seu povo.
E o arco? O arco apenas intermedia. O arqueiro poderia arremessar a flecha diretamente, mas sabe que se utilizar um arco dobrado a flecha chega mais longe. Os pregadores somos este arco dobrado. O Senhor poderia lançar sua Palavra diretamente, mas Ele deseja precisar de nós, porque sabe que um pregador “dobrado” por Deus pode alcançar muitos outros pelo seu testemunho.
Conclusão
De um modo muito singelo apresentamos esta nossa impressão que temos sobre o ministério de pregação. Deus já é um excelente arqueiro, sempre com olhos sobre seu povo e desejoso de fazer com que Sua Palavra alcance todos os corações. O alvo – o povo de Deus – está aí para receber o toque da Palavra Sagrada. Embora, talvez, não se aperceba disso, mas o mundo tem fome e sede de Deus. Compete a nós, pregadores (não somente, mas estendemos a todos os batizados e evangelizados), nos tornarmos excelentes arcos. Nos deixarmos moldar por Deus, sem desanimar, mas trazer dentro de si o desejo ardente de cumprir o mandato que Jesus deixou a seus apóstolos e continuá-lo nestes tempos de hoje: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15).
Francisco Elvis Rodrigues Oliveira
Ministério de Pregação
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Mais um ex-membro do Novo Israel que se suicída
São Francisco de Assis rogai por nós e por essa alma
SUICÍDIO
A palavra suicídio (etimologicamente sui = si mesmo; -caedes = ação de matar) foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines, em 1737 e significa morte intencional auto-inflingida, isto é, quando a pessoa, por desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso, decide tirar sua própria vida.
De acordo com dados atuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3.000 pessoas por dia cometem suicídio no mundo, o que significa que a cada 30 segundos uma pessoa se mata. Estima-se que para cada pessoa que consegue se suicidar, 20 ou mais tentam sem sucesso e que a maioria dos mais de 1,1 milhão de suicídios a cada ano poderia ser prevista e evitada.
O suicídio é atualmente uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos aconteça entre pessoas de mais de 60 anos. Ainda conforme informações da OMS, a média de suicídios aumentou 60% nos últimos 50 anos, em particular nos países em desenvolvimento. Cada suicídio ou tentativa provoca uma devastação emocional entre parentes e amigos, causando um impacto que pode perdurar por muitos anos.
Probabilidades
Através da observação dos casos de suicídios, pode-se constatar que há certos fatores que estão relacionados a uma maior ou menor probabilidade de cometer o suicídio. Por exemplo, as mulheres tentam o suicídio 4 vezes mais que os homens, mas os homens o cometem (isto é, morrem devido a tentativa) 3 vezes mais do que as mulheres. Isso se explica pelo fato de os homens utilizarem métodos mais agressivos e potencialmente letais nas tentativas, tais como armas de fogo ou enforcamento, ao passo que as mulheres tentam suicídio com métodos menos agressivos e assim com maior chance de serem ineficazes, como tomar remédios ou venenos.
Doenças físicas, tais como câncer, epilepsia e AIDS ou doenças mentais, como alcoolismo, drogadição, depressão e esquizofrenia, são fatores relacionados a taxas mais altas de suicídio. Além disso, uma pessoa que já tentou cometer o suicídio anteriormente tem maior risco de cometê-lo.
A idade também está relacionada às taxas de suicídio, sendo que a maioria dos suicídios ocorre na faixa dos 15 aos 44 anos. Doenças físicas, tais como câncer, epilepsia e AIDS ou doenças mentais, como alcoolismo, drogadição, depressão e esquizofrenia, são fatores relacionados a taxas mais altas de suicídio. Além disso, uma pessoa que já tentou cometer o suicídio anteriormente tem maior risco de cometê-lo.
Motivos
As pessoas podem tentar ou cometer suicídio por diversos motivos:
numa tentativa de se livrarem de uma situação de extrema aflição, para a qual acham que não há solução | |
por estarem num estado psicótico, isto é, fora da realidade | |
por se acharem perseguidas, sem alternativa de fuga | |
por se acharem deprimidas, achando que a vida não vale a pena | |
por terem uma doença física incurável e se acharem desesperançados com sua situação | |
por serem portadores de um transtorno de personalidade e atentarem contra a vida num impulso de raiva ou para chamar a atenção. |
Indicadores de Risco
O suicídio é algo que, em geral não pode ser previsto, mas existem alguns sinais indicadores de risco, e eles são:
tentativa anterior ou fantasias de suicídio, | |
disponibilidade de meios para o suicídio, | |
idéias de suicídio abertamente faladas, | |
preparação de um testamento, | |
luto pela perda de alguém próximo, | |
história de suicídio na família, | |
pessimismo ou falta de esperança, entre outras. |
Pessoas que apresentem tais indicadores devem ser observadas mais atentamente. Entretanto não se pode ter certeza alguma a respeito pois a idéia de morrer pode mudar na mente da pessoa, de um momento para outro.
Como encaminhar quem está com risco de suicídio
Quando a preocupação a respeito de um risco de suicídio ocorrer em relação a uma pessoa, esta deve ser encaminhada a uma avaliação psiquiátrica, em emergências de hospitais que trabalhem com psiquiatria, para que se possa avaliar adequadamente o risco e oferecer um tratamento para essa pessoa.
Esse tratamento poderá ser uma internação, quando for avaliado que o risco é muito grave, ou tratamento ambulatorial (consultas regulares com psiquiatra), ocasião em que é feita uma avaliação das circunstâncias da vida da pessoa, se ela tem uma família que possa estar presente, observando-a e fornecendo-lhe suporte, e à qual, ela própria, apesar da vontade de se matar, possa comunicar isso e pedir ajuda antes de cometer o ato.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Rádio Vaticano reporta "ódio anticatólico" após casos de pedofilia
A Rádio Vaticano informou nesta terça-feira que na Europa já se registram casos de manifestações de ódio contra a Igreja Católica, o que de acordo com o meio de comunicação seriam reflexos da "campanha da mídia de ódio anticatólico", no momento em que a Igreja está mergulhada em uma série de escândalos de pedofilia ao redor do mundo.
A rádio disse que mensagens anticatólicas foram grafitadas nos muros de uma igreja na Itália; que o bispo de Münster (Alemanha), monsenhor Felix Genn, foi agredido durante uma missa de Páscoa, e que grupos de manifestantes e também indivíduos protestaram durante as celebrações da Semana Santa com insultos e outros atos em diversos pontos da continente europeu.
O órgão oficial do Vaticano saiu em defesa da Igreja indicando o que considerou casos semelhantes de "campanhas" contra a instituição no passado.
"Já na Roma antiga, os cristãos eram acusados de crimes horríveis, de infanticídios e de canibalismo. Assim era compreendida a eucaristia... e de relações incestuosas, como era considerado o abraço de paz ritual entre irmãos e irmãs", afirmou a rádio.
Na visão da rádio, os reflexos vistos séculos atrás poderiam se repetir. "A multidão, revoltada pelas calúnias dos poderosos, linchava os cristãos", indicou.
Escândalo
Nas últimas semanas, o jornal norte-americano "The New York Times" publicou uma reportagem na qual afirma que Joseph Ratzinger, quando era arcebispo de Munique e Freising (1977-1982), na Alemanha, não impediu que um padre acusado retomasse as atividades pastorais.
A publicação também dizia que o papa teria conhecimento de casos cometidos na época em que era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que deixou para assumir o posto máximo da Igreja Católica.
Desde então a Igreja vem recebendo denúncias de abusos contra crianças em vários países, e até a renúncia de Bento 16 já foi cogitada em protestos e também pela mídia internacional.