A Rádio Vaticano informou nesta terça-feira que na Europa já se registram casos de manifestações de ódio contra a Igreja Católica, o que de acordo com o meio de comunicação seriam reflexos da "campanha da mídia de ódio anticatólico", no momento em que a Igreja está mergulhada em uma série de escândalos de pedofilia ao redor do mundo.
A rádio disse que mensagens anticatólicas foram grafitadas nos muros de uma igreja na Itália; que o bispo de Münster (Alemanha), monsenhor Felix Genn, foi agredido durante uma missa de Páscoa, e que grupos de manifestantes e também indivíduos protestaram durante as celebrações da Semana Santa com insultos e outros atos em diversos pontos da continente europeu.
O órgão oficial do Vaticano saiu em defesa da Igreja indicando o que considerou casos semelhantes de "campanhas" contra a instituição no passado.
"Já na Roma antiga, os cristãos eram acusados de crimes horríveis, de infanticídios e de canibalismo. Assim era compreendida a eucaristia... e de relações incestuosas, como era considerado o abraço de paz ritual entre irmãos e irmãs", afirmou a rádio.
Na visão da rádio, os reflexos vistos séculos atrás poderiam se repetir. "A multidão, revoltada pelas calúnias dos poderosos, linchava os cristãos", indicou.
Escândalo
Nas últimas semanas, o jornal norte-americano "The New York Times" publicou uma reportagem na qual afirma que Joseph Ratzinger, quando era arcebispo de Munique e Freising (1977-1982), na Alemanha, não impediu que um padre acusado retomasse as atividades pastorais.
A publicação também dizia que o papa teria conhecimento de casos cometidos na época em que era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que deixou para assumir o posto máximo da Igreja Católica.
Desde então a Igreja vem recebendo denúncias de abusos contra crianças em vários países, e até a renúncia de Bento 16 já foi cogitada em protestos e também pela mídia internacional.
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