1. Em primeiro lugar, é preciso agir conforme a verdade das coisas:ensinar os filhos a não se enganarem, a serem sinceros, a agirem com coerência. “Podemos conhecer a química cerebral que explica o movimento de um dedo, mas isso não explica por que esse movimento é usado para tocar piano e não para apertar um gatilho” (Marcus Jacobson). E também “não podemos baratear a verdade” (F. Suárez), rebaixando o seu valor, como se fosse uma liquidação.
2. Um segundo ponto é que “o treinamento é um privilégio da inteligência humana” (José Antônio Marina). É preciso enriquecer a linguagem, é preciso estimular o diálogo, o exercício mental de raciocinar, de defender uma causa, de ter argumentos para as próprias decisões, e não somente fazer o que fazem os outros, como os bois no pasto. Aprender a pensar é descobrir como é grande o poder da moda sobre o mundo inteiro, e saber sair da jaula em que a moda pode nos encerrar. O pensador livre não deve sacrificar a sua liberdade no altar da moda, pois essa é uma das perversões mais nocivas para um pensador. No entanto, é excessiva a frequência com que a razão fica presa na jaula da moda. Treinamento e cultivo, porque “a terra que não é lavrada, trará abrolhos e espinhos, ainda que seja fértil. Assim sucede com o entendimento do homem” (Santa Teresa de Ávila).
3. Já que é impossível não se equivocar nunca, pelo menos por utilidade e por dever temos de aprender com os nossos enganos. Se quisermos aprender a pensar, deveremos descobrir o mundo tão humano do erro. “Errar é humano”, diziam já os antigos. O erro é o preço que o animal racional tem de pagar.
4. Seremos mais inteligentes e mais livres quando conhecermos melhor a realidade, quando soubermos avaliá-la melhor e quando formos capazes de abrir mais caminhos novos. Seria um erro pensar – observa Leonardo Polo – que o homem inventou a flecha, porque tinha necessidade de comer pássaros. Também o gato tem essa necessidade, porém o ilustre felino nunca inventou nada. O homem inventou a flecha, porque a sua inteligência descobriu a oportunidade escondida no graveto.
5. Manter aberta a nossa capacidade de dirigir a própria conduta mediante valores pensados. É preciso passar do regime do impulso irracional para o regime da inteligência. Mais do que ensinar a pensar, a função dos pais há de ser a de motivar os filhos para que queiram pensar por sua própria conta. Com atitudes positivas, as crianças topam qualquer parada; com atitudes negativas, pensar parece-lhes uma coisa cansativa, e agir lhes parece uma coisa medíocre.
6. Ensinar a tomar decisões. A inteligência é a capacidade de resolver problemas vitais. Não é muito inteligente quem não seja capaz de se decidir, nem mesmo quem, dentro do seu refúgio isolado, consiga resolver facilmente problemas de trigonometria. Se admitirmos que educar é essencialmente ajudar a crescer na liberdade e na responsabilidade, então aprender a decidir bem acaba sendo um dos aspectos chave nessa tarefa: quanto maior a capacidade de decisão, maior liberdade.
7. Devemos recuperar e estimular nas crianças a sadia estratégia de perguntar continuamente. As três perguntas fundamentais são: “O que é?”, “Por que isso é assim?” e “Como é que você sabe?”. Aristóteles definia a ciência como “o conhecimento certo pelas causas”: portanto, é preciso habituar-se a perguntar os porquês. Os pais devem estimular, comentar e favorecer (criando o clima adequado) os hábitos intelectuais dos filhos.
8. A inteligência tem de saber aprender, mas sobretudo tem de desfrutar aprendendo. Trata-se de formular perguntas que levem à reflexão, a perguntar-se sobre o próprio pensamento: “Por que o homem pensa?”, “Você já se pensou por que lembramos das coisas?", "Pensamos quando estamos dormindo?”, “O que mais faz você pensar?”, “Você pode pensar duas coisas diferentes ao mesmo tempo?”. Leonardo Polo define o homem como um ser que não somente resolve problemas, mas que também os formula. Com efeito, o ser humano progride propondo a si mesmo novos problemas e tentando resolvê-los.
9. A inteligência deve ser eficazmente linguística. Graças à linguagem, não somente nos comunicamos com os outros, mas também com nós mesmos. A inteligência não se parece com uma coleção de fotografias, mas com um rio. Rio e inteligência “discorrem”. A nossa língua original – a língua materna – é um rio em que deságuam milhares de afluentes. “A pluma e a palavra são as armas do pensador” (J.A. Jauregui). Aprender a pensar é aprender a tocar os instrumentos do pensamento: a pluma e a palavra.
10. Fomentar a leitura e controlar o uso da televisão. Já que estamos falando do voo da inteligência, trata-se de “ser mais inteligentes que a televisão” (Jiménez). Os livros “tem de ser obras que alimentem a inteligência sem deixar o coração seco”, ou seja, devem “iluminar a mente com a verdade e não mergulhá-la nas névoas da dúvida ou na escuridão do erro” (F. Suárez).
11. Urge encontrar momentos para refletir, para pensar, coisa, aliás, muito menos trabalhosa do que muitas das necessidades que inventamos. Pensar sobre o sentido da vida, das coisas, do homem, de Deus. Quando Unamuno disse que costumava sair para passear com os pastores de ovelhas para aprender a pensar, para desprender-se dos preconceitos e dos dogmas de escola, muitos rasgaram as vestes. Unamuno, porém, estava sendo sincero. Um pastor de ovelhas tem tempo para pensar, para dar rédea solta à sua imaginação e para descobrir horizontes filosóficos que jamais foram vistos por nenhum outro pensador. Fernando Corominas diz que é preciso “instalar”, na mente e no coração dos filhos, as coisas boas antes que cheguem as nocivas. Esse “chegar antes” é educar pensando no futuro. Sempre que nos abandonamos, retornamos à selva. Essa selva de que falo, metaforicamente, é sempre uma claudicação da inteligência.
Luis Olivera
http://www.quadrante.com.br/
"O resgate das famílias pela missão e testemunho de vida" Luiz Nascimento
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Ame ao próximo como a si mesmo
Nos dias de hoje, existe uma grande distorção da Palavra de Deus no que diz respeito ao mandamento:"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo". Fala-se e repete-se com frequência que é preciso primeiramente amar a si mesmo, pois não é possível amar ao próximo se não amamos a nós mesmos. Com essa mentalidade, o demônio vai introduzindo em nós o veneno do egoísmo e, pior ainda: do egocentrismo. O Maligno quer nos levar a centralizar tudo em nós mesmos e nos convencer de que – em primeiro lugar e acima de tudo – precisamos amar a nós mesmos. Mas o que Nosso Senhor Jesus Cristo nos diz é "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo". Repito, Ele não disse: "Amarás a ti mesmo". Ele disse: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
Deus sabe que somos egoístas e que sempre queremos o melhor para nós mesmos, por isso, ensina-nos a amar o próximo. É como se Ele dissesse: "Vocês têm um amor-próprio muito grande, são egoístas, egocêntricos, justamente por causa disso amem ao próximo como vocês amam a si mesmos".
O "amar ao próximo como a si mesmo" é a luz refletida. É a própria luz do amor de Deus que "rebate" em nós e reflete nos outros. Por isso, amem, amem, amem!
Deus os abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Deus sabe que somos egoístas e que sempre queremos o melhor para nós mesmos, por isso, ensina-nos a amar o próximo. É como se Ele dissesse: "Vocês têm um amor-próprio muito grande, são egoístas, egocêntricos, justamente por causa disso amem ao próximo como vocês amam a si mesmos".
O "amar ao próximo como a si mesmo" é a luz refletida. É a própria luz do amor de Deus que "rebate" em nós e reflete nos outros. Por isso, amem, amem, amem!
Deus os abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
“Uma semana especial para a Família”
Todos os anos, no mês de agosto, mês
dedicado às diversas vocações na Igreja, celebra-se a Semana da Família.
É significativa a comemoração do Dia dos Pais no segundo domingo de
agosto. Ligada a esta comemoração, já há diversos anos realiza-se a
Semana da Família.
Por que este destaque especial à Família na vida eclesial e na ação evangelizadora da Igreja.
Sempre a Família foi
reconhecida ambiente eclesial. Desde os inícios da História da Igreja,
passou pelas famílias o caminho do Evangelho. Já nos Atos dos Apóstolos
vemos que o anúncio do Evangelho vai repercutir na vida das pessoas e em
seu ambiente natural fundamental, a família. Assim serão convertidas e
batizadas famílias inteiras (cf. At. 10 e 16)
Será assim que, a família –
primeira comunidade humana natural, se constituirá em célula da Igreja –
Igreja doméstica. Ali se reúnem dois ou mais em nome de Cristo e, como
Ele mesmo prometeu, está no meio deles.
A história humana é toda ela
marcada de engrandecimento de um lado e de ataques à instituição
familiar por outro. A humanidade ferida pelo pecado é ambígua em suas
realizações. Muitos males que brotam no coração humano ferem os
relacionamentos familiares e degeneram as estruturas sociais a partir da
célula familiar.
A graça salvadora de Cristo é
oferecida à humanidade para sua redenção. Ela toca as pessoas humanas
no mais íntimo de seu ser. O Evangelho é oferecido respeitosamente à
inteligência e à liberdade de cada pessoa humana. Já o prólogo do
Evangelho segundo João (cap. 1) nos apresenta esta misericordiosa e
estupenda obra de Deus: “9 Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. (Jesus – o Verbo feito carne) 10 Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. 11 Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. 12 A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. 13 Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14
E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua
glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e
de verdade. … 16 De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. 17 Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.”
Em sintonia e continuidade
com o VII Encontro Mundial das Famílias, que ocorreu em Milão nos dias 1
a 3 de junho p.p., promovido pelo Pontifício Conselho para a Família, a
Semana da Família no Brasil, promovida pela CNBB, a se realizar entre
os dias 12 e 18 de agosto próximo, dedica-se ao tema: “Família – o trabalho e a festa”.
Sempre propondo o aprofundamento da vida familiar no Evangelho de Jesus
para que a vida familiar seja iluminada e potenciada pela fé.
Não temos apenas o que de
obscuro e tenebroso a dizer sobre a realidade familiar hoje. Temos muita
luz e testemunho de realização e felicidade na família que encontrou
seu Caminho, sua Verdade e sua Vida.
O Papa Bento XVI assim se
referia à evangelização da família em sua homilia no encontro de Milão:
“O projeto de Deus para o casal humano alcança a sua plenitude em Jesus
Cristo, que elevou o matrimônio a Sacramento. Com um dom especial do
Espírito Santo, queridos esposos, Cristo faz-vos participar no seu amor
esponsal, tornando-vos sinal do seu amor pela Igreja: um amor fiel e
total. Se souberdes acolher este dom, renovando diariamente o vosso
«sim» com fé e com a força que vem da graça do Sacramento, também a
vossa família viverá do amor de Deus, tomando por modelo a Sagrada
Família de Nazaré. Queridas famílias, pedi muitas vezes, na oração, o
auxílio da Virgem Maria e de São José, para que vos ensinem a acolher o
amor de Deus como o acolheram eles. A vossa vocação não é fácil de
viver, especialmente hoje, mas a realidade do amor é maravilhosa, é a
única força que pode verdadeiramente transformar o universo, o mundo.
Daí a feliz conclusão a ser
trabalhada como reconstrução da mesma realidade familiar: “Família,
trabalho, festa: três dons de Deus, três dimensões da nossa vida que se
devem encontrar num equilíbrio harmonioso. Harmonizar os horários do
trabalho e as exigências da família, a profissão e a paternidade e
maternidade, o trabalho e a festa são importantes para construir
sociedades com um rosto humano. Nisto, privilegiai sempre a lógica do
ser sobre a do ter: a primeira constrói, a segunda acaba por destruir. É
preciso educar-se para crer, em primeiro lugar na família, no amor
autêntico: o amor que vem de Deus e nos une a Ele e, por isso mesmo,
«nos transforma em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser
um só, até que, no fim, Deus seja “tudo em todos” (1 Cor 15, 28)» (Enc. Deus caritas est, 18). Amém.” Bento XVI
Como não perceber atuante a
força renovadora do Evangelho de Jesus para a renovação da vida humana, a
recriação da família humana, a reconstrução da sociedade humana!
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Formação: Como é a Atuação do Ministério de Intercessão no Grupo de Oração?
A
Reunião de Oração é o momento em que o grupo acontece aberto para todos
virem beber da Água Viva do Espírito Santo, tendo um encontro pessoal
com o Senhor Jesus e uma experiência do Amor de Deus Pai; louvando,
cantando, sendo alimentados e curados pela palavra pregada. A partir
desta Reunião semanal, buscamos caminhar numa vida no espírito
(metanóia=conversão contínua). A Reunião de Oração é essencialmente um
grupo de louvor que se reúne semanalmente.
Na
Reunião de oração, os dons do Espírito Santo se manifestam (cf. Rm 12; 1
Cor 12,4ss), assim como os frutos do Espírito (cf. Gl 5,22; Cl 3,12)
pelos quais somos levados a uma especial comunhão com a Santíssima
Trindade para vivermos unidos aos irmãos (Comunidade-GO).
Os carismas vão aflorando no grupo em meio aos participantes, e pelo
pastoreio do coordenador com o auxílio do Núcleo vão se definindo
(discernindo) as Equipes (ministérios) necessárias para o funcionamento e
crescimento do grupo de oração.
A
Intercessão é uma das equipes de serviço do GO, sendo assim, todos os
que dela fazem parte são participantes do mesmo grupo onde
fervorosamente louvam, vivem os carismas e ouvem a palavra proclamada
(podendo até mesmo ser um dos pregadores do grupo). O Intercessor é um participante assíduo do seu GO!
Durante
a Reunião de Oração os intercessores estão dentro do grupo,
participando e vivendo o Pentecostes. Todo servo na RCC, em qualquer
esfera, é antes de tudo um participante do Grupo de Oração. Todos os
ministérios/serviços nascem e são caracterizados pelo exercício
continuado dos carismas nos Grupo de Oração. Portanto todos devem estar, freqüentar e participar permanentemente dele (cf. At 2,42-47).
A
Equipe/Ministério de Intercessão é um grupo menor, formado por doze
pessoas no máximo (a proporção está relacionada ao tamanho do grupo de
oração), que se reúne semanalmente em outro dia diferente da Reunião,
para interceder pelos pedidos das pessoas do GO que geralmente são
recolhidos numa cestinha depois de cada reunião de oração e entregues
para alguém da equipe de intercessão.
Porque
é um ministério do grupo de oração, a equipe/ministério de intercessão é
constituída por pessoas que participam desse grupo e que tenham sido
escolhidas em oração e discernimento do núcleo e chamadas pelo
dirigente/coordenador do grupo de oração.
II. Como formar uma Equipe de Intercessão?
A
equipe/ministério de intercessão é formada pelo discernimento do Núcleo
do Grupo de Oração, como todas as outras equipes de apoio do grupo.
O
Grupo de Oração é uma pequena comunidade e necessita de vários serviços
(ministérios) conforme as pessoas vão vivendo o batismo no Espírito
Santo e os carismas vão aflorando do meio do povo. O núcleo do grupo de
oração é quem tem o carisma de governo e coordenação do grupo, e é o
responsável por organizar as equipes que vão sendo necessárias para o
funcionamento e crescimento do grupo: acolhida, cura, crianças,
intercessão, música, novos, livraria, etc. Cabe ao núcleo discernir as
pessoas do grupo que serão chamadas para as diversas equipes. Vale ainda ressaltar que mesmo havendo equipe de intercessão, é o núcleo o primeiro e principal intercessor do Grupo.
Os
servos do núcleo do grupo selecionam alguns nomes (ouvindo também
sugestões dadas pelos outros servos do próprio grupo), e em sua oração
pessoal ouvem
o
Senhor e confirmam na Palavra de Deus. Num segundo momento partilham na
reunião do núcleo, o que o Senhor falou. Os nomes que forem orados e
confirmados por membros do núcleo, deverão ser chamados para a equipe de
intercessão. Os nomes que não foram unanimemente confirmados, deverão
continuar sendo orados até um maior discernimento espiritual.
Assim,
para formar a equipe de intercessão, o núcleo deve através da oração,
juntamente com o jejum e o pastoreio, pedir ao Espírito Santo o
discernimento sobre as pessoas que devem formar ou entrar para a equipe.
Há critérios humanos que também auxiliam na escolha das pessoas, tais como:
· Ser madura na fé, buscando uma vida de oração pessoal diária;
· Ter vida sacramental (confissão e eucaristia);
· Ser sigilosa e discreta;
· Ser assídua ao grupo de oração;
· Ser obediente e submissa à coordenação do grupo de oração;
· Ser sincera e humilde;
· Assumir o compromisso de reunir-se semanalmente para a intercessão.
Sabendo que o Senhor não olha as aparências, procurando chamar apenas os capacitados, mas Ele vai capacitando os escolhidos!
A
vivência e uma caminhada maior na Renovação Carismática também ajudam,
mas não deve ser o principal critério de escolha, pois alguns, pela
abertura maior, atingem uma maturidade espiritual e uso dos dons antes
dos outros.
O
grupo deve ter entre 6 a 12 pessoas, dependendo do tamanho do grupo de
oração. Alguns membros da equipe de intercessão deverão fazer parte
também do núcleo como representantes do ministério, e nesse caso poderão
também pregar no grupo e conduzir a reunião do grupo aberto, conforme
os carismas que o Senhor for distribuindo para cada membro do núcleo.
A
equipe de intercessão recebe notícias e orientações do núcleo e deve
tomar parte em retiros e aprofundamentos anunciados na reunião,
procurando sempre crescer mais no Espírito Santo e no seu ministério.
Depois
de formada a equipe de intercessão, discerne-se qual, entre os
participantes, será o responsável pelas coisas práticas, por exemplo, o
local onde deverá ser a reunião, de preferência fixa, o mesmo dia da
semana e hora; recebimento de cartas, bilhetes, telefones e pedidos de
oração. As reuniões da equipe de intercessão deverão ser semanais,
sempre em dia e horário diferentes das da reunião de oração.
Não
há uma autoridade entre os intercessores, pois todos devem buscar a
humildade e a vontade de Deus através da revelação do Espírito.
III. Desenvolvimento da Reunião da Intercessão
Sendo
participantes do GO, os intercessores devem fazer a reunião do
ministério de intercessão, em outro momento, de preferência num dia da
semana diferente do grupo.
Os
membros do grupo de intercessão devem preparar-se antes de ir para a
reunião na oração pessoal, por alguma forma de jejum, reza do terço,
devoções pessoais, etc.
O local pode ser numa capela, na casa de um intercessor ou numa sala da paróquia. Não há exigência que seja diante do sacrário. O critério de discernimento deve ser a privacidade e a liberdade no Espírito que os intercessores terão no lugar escolhido.
Na
reunião da intercessão sugere-se que no início se faça a oração de São
Miguel Arcanjo, ore-se o Magnificat (cf. Lc 1,46-55), cântico de
libertação, pedindo a proteção de Maria Santíssima como mãe e
intercessora; a armadura do Cristão (cf. Ef 6,10-17), pedir o dom da
humildade (cf. 2 Cor 10,4-5), a proteção do sangue de Jesus sobre nós,
nossas casas, famílias, trabalhos, etc (cf. 1 Pd 1,18-19; Rm 5,9).
Ressaltamos, contudo que; essas orações não são “fórmulas mágicas”,
devendo ocupar um breve tempo inicial da reunião, e que só terão
eficácia se todos os intercessores estiverem abertos e sendo movidos
pelo Espírito Santo de Deus.
Faz-se
então um breve momento com oração de perdão individual e orando-se uns
pelos outros, para que sejamos um canal sem obstruções.
A
intercessão é uma oração de batalha espiritual, por isso todos precisam
do sustento da oração uns dos outros. Mesmo durante a semana podemos
recorrer uns ao outros para participar e orar por alguma necessidade
pessoal, mas deve ficar bem claro que ao iniciar o grupo de intercessão,
os interesses pessoais e preocupações ficam de fora, porque nossa
prioridade é prestar um serviço aos irmãos. O nosso enfoque passa a ser o
que vem nos pedidos de oração.
O
grupo deve dispor sempre de um tempo para orar, uns pelos outros, por
suas famílias, comunidades e ainda, se for o caso, por alguma
necessidade ou problema imediato. Esta intercessão é muito importante e
para ela deve ser reservar um tempo determinado, tomando cuidado para
não absorver o tempo destinado a finalidade principal da reunião: a
intercessão pelas necessidades dos participantes do grupo de oração.
Cuidado com pessoas que vão para a reunião da intercessão para se servirem de Deus ao invés de servirem a Deus!
Depois
dessas orações iniciais faz-se um grande louvor, ora-se em línguas com
manifestação dos carismas (dom do discernimento, palavra de sabedoria
palavra de ciência, visualizações, etc.), que são utilizados durante
toda a extensão da reunião.
Devemos
pedir ao Espírito Santo a maneira como devemos orar por cada situação,
exercendo a intercessão profética. Muitas vezes somos movidos pelo
Espírito a fazer jejum, rezar o rosário em casa, ou naquele momento
fazermos uma intercessão de concórdia. A palavra de ciência ajuda-nos a
orar pela causa de alguma situação ou enfermidade. Para isso é preciso
fazer silêncio e escuta depois do momento de louvor ou da oração em
línguas.
A Bíblia deve ser usada como referência para a oração e para algumas confirmações, quanto aos discernimentos. É importante a intercessão ter um caderno com o histórico do que o Senhor está falando.
Não
é papel da intercessão discernir o andamento do grupo de oração, ao
qual pertence, mas sim, suplicar e orar pelas necessidades dos
participantes do grupo. O núcleo é o intercessor principal de si mesmo e é quem discerne como será o andamento do grupo de oração.
As
orações da equipe de intercessão deverão ser inspiradas pelo Espírito
Santo, usando-se os dons necessários às realidades dos pedidos,
principalmente o dom de línguas. Assim é possível fazer oração por cura,
libertação, súplicas, clamor, saturação, conforme a inspiração do
Espírito Santo para a pessoa ou situação apresentada.
Ao
orar-se pelos pedidos dos papéis, caso não sejam lidos, deve-se deixar o
Espírito Santo mover a oração, pedindo dons de revelação e impondo-se
as mãos sobre eles. No caso de leitura dos mesmos, deve-se sempre
guardar sigilo absoluto, até mesmo depois das reuniões entre os próprios
membros da equipe. Depois se joga água benta e sugere-se queimá-los
para garantir o sigilo.
Quando
várias pessoas se unem num só espírito e num só coração, há ordem e
harmonia e a eficácia da intercessão se faz sentir conforme o equilíbrio
que a reunião for sendo conduzida.
Cuidado com pessoas que monopolizam ou querem impor seu discernimento aos demais.
A
Reunião da intercessão deve terminar com louvores e orações de ação de
graças, crendo que todas as orações já chegaram diante do trono. Os
intercessores devem também colocar aos pés da cruz de Jesus todas as
dificuldades, fardos e situações que foram apresentadas naquele dia. O
intercessor não leva o fardo dos outros para casa.
O tempo de duração da reunião da intercessão deve ser entre uma hora e meia e duas horas.
IV. Freqüência à Reunião da Intercessão
Assim
como nas reuniões do grupo de oração, os intercessores não devem faltar
também às reuniões da intercessão. O dia e a hora do grupo de
intercessão devem ser respeitados e levados a sério. A intercessão é um
ministério de vida, a pessoa continua a interceder mesmo fora das
reuniões, em sua vida diária, em meio aos afazeres. Se um servo (a),
mesmo sendo bom (a) intercessor (a), tem dificuldades em freqüentar a
reunião do grupo de oração e/ou a reunião da intercessão, ele (a) não
deve continuar como servo (a) do grupo.
Naturalmente
doenças, viagens, prioridades de estado (família, estudos) fazem parte
da vida dos intercessores, acarretando por vezes ausências que não podem
ser vistas como infidelidade à aliança, contudo se fizer necessário uma
ausência prolongada, deve se pedir licença da equipe. Nesses casos deve
se buscar auxílio para o discernimento tanto para o afastamento quanto
para o retorno.
Para exercer um ministério (serviço), o Senhor sempre dá condições e vai capacitando o servo para exercê-lo.
V. Equipe de Intercessão e Equipe de Cura
A
equipe de intercessão não tem a finalidade de atender pessoas e orar
por cura e libertação individualmente. Essa função cabe ao Ministério de
Oração por Cura e Libertação que também não deverá acontecer durante a
reunião de oração. À Intercessão cabe orar pela Igreja, pela Renovação
Carismática Católica na Igreja e suas lideranças nos diversos níveis,
pelas autoridades civis e pelas realidades e dificuldades das pessoas do
grupo de oração (cf. 1 Tm 2,1-2).
Durante
a reunião da equipe de intercessão não se ora por ninguém de fora, a
reunião do ministério é fechada, não devendo participar dela quem não
seja da equipe (pode haver exceções como a visita do
dirigente/coordenador do grupo).
Pode
ser, no entanto, que pessoas da equipe de intercessão exerçam também o
ministério de oração por cura e libertação, uma vez que Deus não
economiza sua graça àqueles que estão abertos à ação do Espírito.
Esses dois ministérios são afins, pois enquanto estamos intercedendo por alguém, curas e libertações estão ocorrendo e quando oramos com alguém
num atendimento, estamos intercedendo para que Jesus, aquele que cura,
opere um milagre na vida da pessoa por quem se ora. Pode o intercessor
em outro momento exercer também o ministério de oração por cura e
libertação.
Portanto
é importante que quem participa do ministério de intercessão busque a
formação também do ministério de oração por cura e libertação.
VI. Orientações práticas para o Intercessor
· Freqüentar
com assiduidade o grupo de oração – O grupo de oração é a base do
ministério. Assim os membros de uma equipe de intercessão, que é um
serviço do grupo de oração, devem freqüentar assiduamente este grupo
para se alimentar, caminhar junto e para prestar atenção às necessidades
do grupo.
· Fazer
algum tipo de jejum ao menos 01 vez por semana – Mt 6,16-18; Is 58,6-7 –
O jejum acompanhado de oração é de grande eficácia. Aconselha-se o
jejum proposto por Nossa Senhora em Medjugore, as quartas e as
sextas-feiras. No dia de reunião da intercessão sugere-se uma preparação
incluindo penitência ou jejum.
· Revestir-se
diariamente da armadura do cristão – Ef 6,13-17 – Como defesa contra os
ataques do inimigo, vistamos a Armadura do Cristão todos dias ao
levantarmos.
· Rezar
diariamente o Rosário e o Magnificat – Lc 1,46-55 – É pedido de Nossa
Senhora que rezemos no mínimo o quarto (antigo teço) todos os dias. É
uma oração de grande valor como ressalta o Santo Padre na Carta
Apostólica: “Rosarium Virginis Mariae”.
· Louvar
ao Senhor sempre. O louvor é a arma da vitória, o louvor liberta, pois
tiramos os olhos de nós mesmos e olhamos para o Senhor. Ampliamos nossa
visão para que Deus aja. Eclo 43,32-33
· Ter uma vida de oração pessoal e escuta – Is 50,4-5
· Ler
e meditar a Palavra de Deus – Sempre ir buscar discernimento na fonte
da sabedoria que é a Palavra de Deus. A intercessão alimentada pela
Palavra tem grande eficácia (cf. Sl 118,105).
· Participar
o maior número de vezes por semana da Eucaristia e pelo menos uma vez
por mês do sacramento da reconciliação com um sacerdote.
Vídeo de dom Petrini abre oficialmente a Semana Nacional da Família
Entre
os dias 12 e 18 de agosto será realizada a Semana Nacional da Família
do ano de 2012. É um evento anual que faz parte do calendário de
praticamente todas as paróquias do Brasil. Para a ocasião foi elaborado
um subsídio que apresenta reflexão sobre o tema: “A Família: o trabalho e
a festa”.
O subsídio foi construído com a
participação de representantes da Comissão para a Vida e a Família,
membros dos Regionais da CNBB e assessores especializados. “Vamos
trabalhar o mesmo tema que foi aprofundado durante o 7º Encontro Mundial
das Famílias, com o papa, em Milão”, disse o presidente da Comissão
Episcopal Família e Vida da Conferência nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.
Para o presidente, “o tema ajudará cada família a viver melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvido e estraçalhado, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho”, explica o presidente.
A primeira Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e de todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. “É um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de família de todo Brasil”, afirmou dom João Carlos Petrini.
O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares. “Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.
Para assistir ao vídeo onde dom João Carlos Petrini, abre oficialmente a Semana Nacional da Família do ano de 201, clique aqui.
Para o presidente, “o tema ajudará cada família a viver melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvido e estraçalhado, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho”, explica o presidente.
A primeira Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e de todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. “É um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de família de todo Brasil”, afirmou dom João Carlos Petrini.
O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares. “Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.
Para assistir ao vídeo onde dom João Carlos Petrini, abre oficialmente a Semana Nacional da Família do ano de 201, clique aqui.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Cartaz e subsídio do Dia Nacional da Juventude 2012 são divulgados
O cartaz oficial e o subsídio do Dia
Nacional da Juventude (DNJ) 2012 foram lançados nesta quarta-feira, dia
1º de agosto. O tema do DNJ deste ano é "Juventude e Vida" e o lema "Que
vida vale a pena ser vivida?".
O cartaz deste ano foi escolhido pelos
membros da Coordenação Nacional de Pastoral Juvenil formada por jovens
de pastorais, movimentos, congregações e novas comunidades que atuam com
a juventude. O subsídio para a vivência do DNJ foi elaborado por esse
grupo.
Segundo um dos assessores da Comissão
Episcopal Pastoral para a Juventude, padre Antônio Ramos do Prado, a
construção do subsídio do Dia Nacional da Juventude (DNJ) 2012 foi feita
a partir do aprofundamento do estudo sobre a realidade juvenil e à luz
da Campanha da Fraternidade de 2013, fundamentados no texto bíblico de
João 10,10: “Eu vim para que todos tenham vida”.
"Esse cartaz, feito por Francisco
D'almeida, vencedor do concurso, manifestou com mais propriedade o tema e
lema do DNJ porque focou os sinais da vida da juventude do Brasil",
disse o padre Antônio Ainda segundo o padre, a ideia do jovem pintando
os sinais de vida no Brasil manifesta o protagonismo juvenil dentro e
fora da Igreja. "Parabéns ao autor que se colocou à disposição para
fazer os ajustes necessários", afirmou.
Comissão Episcopal disponibiliza subsídio para mês vocacional
O mês de agosto é
tradicionalmente dedicado na Igreja para a promoção e oração pelas
vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Por este motivo, a
Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada
preparou um subsídio com sugestões para as celebrações deste período,
com o apoio do Instituto de Pastoral Vocacional e da Rogate - revista de
animação vocacional.
O tema que deve iluminar a reflexão do mês vocacional será “Chamados à vida plena em Cristo”, com o lema “Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5). São quatro celebrações, dedicadas a uma reflexão eclesiológica da vocação, da seguinte maneira:
- Primeiro domingo: a vocação dos Ministros Ordenados (bispos, padres e diáconos)
- Segundo domingo: a vocação da Vida em Família (em sintonia com a Semana Nacional da Família)
- Terceiro domingo: a vocação da Vida Consagrada (religiosas, religiosos, leigas e leigos consagrados)
- Quarto domingo: a vocação dos ministros não ordenados (todos os cristãos leigos e leigas).
O material – arte do cartaz e o roteiro das celebrações – foi enviado para as dioceses de todo o país e pode ser baixado no site da CNBB.
O tema que deve iluminar a reflexão do mês vocacional será “Chamados à vida plena em Cristo”, com o lema “Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5). São quatro celebrações, dedicadas a uma reflexão eclesiológica da vocação, da seguinte maneira:
- Primeiro domingo: a vocação dos Ministros Ordenados (bispos, padres e diáconos)
- Segundo domingo: a vocação da Vida em Família (em sintonia com a Semana Nacional da Família)
- Terceiro domingo: a vocação da Vida Consagrada (religiosas, religiosos, leigas e leigos consagrados)
- Quarto domingo: a vocação dos ministros não ordenados (todos os cristãos leigos e leigas).
O material – arte do cartaz e o roteiro das celebrações – foi enviado para as dioceses de todo o país e pode ser baixado no site da CNBB.
Agosto, mês das vocações
Para alguns, agosto é um mês de que se cuidar, pois ele seria
nefasto... Mas para os participantes assíduos da comunidade católica,
agosto, além de ser um mês abençoado como todos os demais, é desde 1981 o
mês vocacional.
Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.
E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra.
Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)
Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.
Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.
Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.
As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.
O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.
E no domingo de agosto, quando refletimos sobre a vocação leiga, somos convidados a homenagear nossos catequistas, aquelas pessoas que, num testemunho de fé e generosidade, dedicam-se ao sublime ministério de transmitir as verdades divinas a nossas crianças, adolescentes e jovens.
Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.
E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra.
Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)
Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.
Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.
Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.
As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.
O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.
E no domingo de agosto, quando refletimos sobre a vocação leiga, somos convidados a homenagear nossos catequistas, aquelas pessoas que, num testemunho de fé e generosidade, dedicam-se ao sublime ministério de transmitir as verdades divinas a nossas crianças, adolescentes e jovens.
Por: Dom Fernando Mason
Bispo Diocesano de Piracicaba
Bispo Diocesano de Piracicaba
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Maria, humana como nós
Ela foi a pessoa que melhor realizou a vontade de Deus
O gênero humano possui
duas naturezas: a corporal e a espiritual. (CIC, 2337). Uma bonita
característica desta realidade é que tudo aquilo que somos neste
mundo têm como finalidade última revelar a nossa identidade eterna,
como disse o Papa João Paulo II em uma de suas catequeses: “O
corpo, de fato, e só ele, é capaz de tornar visível o que é
invisível. Foi criado para transferir para a realidade visível do
mundo o mistério oculto desde a eternidade em Deus, e assim ser
sinal d’Ele (Teologia do Corpo, nº 19, de 20/02/1980).
Até a essência humana
do "Homem-Deus" teve esse propósito: “a pessoa humana do
Cristo pertence 'in proprio' à pessoa divina do Filho de Deus, Sua
vontade e inteligência têm como primazia a revelação do ser
espiritual da Trindade (CIC, 470).
Podemos identificar uma
mostra disso ao checar a vida dos santos, aqueles que já alcançaram
a glória junto ao Altissímo, mas que, desde sua vida terrena,
enquanto peregrinos neste mundo, demonstravam habilidades, carismas e
dons que faziam parte da identidade eterna a respeito deles.
Perceba que aqueles que
foram elevados aos altares, os mais conhecidos, são tidos como
padroeiros e intercessores de causas específicas conforme suas
experiências vividas em sua passagem aqui na terra. Dom Bosco, hoje
no céu, continua intercedendo pelos jovens; São Lucas, médico
(cf.Cl 4,14), é padroeiro destes profissionais da medicina; Santa
Cecília, musicista, é auxiliar espiritual dos músicos, e assim por
diante.
Neste contexto,
destacamos Maria Santíssima. Ela foi a pessoa humana que realizou,
da maneira mais perfeita, a obediência da fé (CIC, 148), por isso
está acima de todos os santos. Ela teve, em sua humanidade, a dádiva
de ser mãe como maior incumbência e a mantém na eternidade. Tudo
nela diz respeito à maternidade.
Aquilo que conhecemos a
seu respeito, proclamado pela Igreja em seus títulos, já tinham um
traço, uma característica que ela desenvolveu em sua vida neste
mundo. A personalidade, a alegria, o silêncio, o serviço, a
feminilidade, a prontidão, o ser educadora, a intimidade, o modo
particular de ser mãe, correspondem ao cuidado que Cristo desfrutou
e que, ainda nos tempos de hoje, nós também podemos obter de Maria.
Nisso tudo, ela antecipava o ser “Auxiliadora”, “Rainha de
Paz”, distribuidora de “Graças”, “Medianeira”, mulher “das
Dores" etc.
Nela, o “dom da
maternidade” atinge seu significado mais profundo e perfeito desde
sempre e para sempre.
Maria, a mãe de Jesus,
é e sempre será a mãe de toda a Igreja. Sem nenhuma exceção,
aqueles que são gerados no Cristo herdam a filiação do Pai das
Misericórdias e também dessa Mãe Dulcíssima, que nos acolhe e nos
ama, pois, somos membros do Corpo Místico de Jesus, no qual Sua
dimensão física foi gerada por Maria.
Ela é o modelo de mãe
que concebe o corpo e também cuida para que o filho alcance a
plenitude da vida espiritual e da vontade de Deus a seu respeito.
Ao vislumbrar o rosto
humano da Virgem de Nazaré, seremos impulsionados a aumentar nosso
amor, nossa devoção e entrega a Nossa Senhora, como também será
uma provocação, partindo dos exemplos de Maria, a encontrar a
iniciativa do Senhor no sentido de nossa própria existência,
conhecer o que Deus pensou a nosso respeito para esta vida e para a
eternidade.
Maria, mãe da ternura,
rogai por nós!
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